A nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez um discurso de tom conciliador em sua despedida do Senado, nesta quarta-feira (8), para o qual foi eleita pelo Paraná no ano passado. Ao agradecer o convívio com os colegas, a petista falou em convivência democrática com a oposição.
Após se dizer grata ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aos líderes do PT e do governo, Humberto Costa (PE) e Romero Jucá (PMDB-RR), respectivamente, além de Fernando Collor (PR-AL) e Delcídio Amaral (PT-MS), falou que “viver exposta com pontos de vista contraditórios é condição da vida parlamentar e democrática”.
- Quero manifestar também minha deferência aos integrantes da oposição. Todos foram adversários duros no debate. Mas prevaleceu sempre a convivência democrática.
Ela iniciou o discurso ressaltando a curta experiência que teve no Senado no debate de propostas. Em sua estreia, a senadora - que é casada com o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) - foi vista como firme defensora do governo.
Gleisi, porém, negou o apelido de “trator”. Disse que não considera essa uma boa metáfora política, já que sempre se dispôs a debater. Na terça-feira (7), ao falar à imprensa, a nova ministra disse que, ao contrário do antecessor Antonio Palocci, teria função mais ligada à gestão.
Ao falar sobre a escolha da presidente Dilma Rousseff para a Casa Civil, afirmou que assumir o cargo é “uma grande responsabilidade”. Disse que acredita no projeto da petista, “com desenvolvimento econômico inclusivo em que as pessoas são objetivo maior”.
- Quis Deus, através da presidenta, que eu ficasse ainda mais próxima para esse auxílio. Tenho muita clareza do tamanho dessa missão. A quem muito é dado, muito será cobrado.
Após o discurso de quase oito minutos, vários senadores de governo e oposição pediram para falar e parabenizar a nova ministra.
Mulher do ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, Gleisi foi eleita senadora no ano passado com 29% dos votos paranaenses, mais do que os 24% conseguidos pelo ex-governador do Estado, Roberto Requião (PMDB). Na Casa, ganhou o apelido de musa por sua elegância.
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