Tal como aconteceu na Espanha, o Partido Socialista português, de tantas tradições, inclusive na luta clandestina contra a ditadura de Salazar sofreu, nas palavras de um de seus líderes, uma “derrota pesada”.
O primeiro-ministro José Sócrates assumiu a derrota nas eleições e apresentou a sua demissão da liderança do PS.
Não é diferente do que aconteceu há pouco na Espanha.
Os partidos de esquerda que chegarm ao poder com o desânimo dos eleitores europeus com a guerra e com os efeitos da crise mundial, embora não pudessem recolver sozinhos estas questões, as aceitaram como parte das regras.
Tornaram-se, assim, sócios das crises que não criaram.
Sobre a Espanha, escrevi que “quando a esquerda não se diferencia da direita, não pode exigir que a população a reconheça. E muito menos conservar a hegemonia eleitoral”.
Os acampados da Espanha são, em Portugal, com seus 13% de desemprego, concentrado nos jovens, a chamada “geração à rasca”.
Quando a esquerda não é esperança, não é esquerda.
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