quinta-feira, 19 de março de 2015

Bob Fernandes: Eduardo Cunha fala e não se ouve panelas e caçarolas

CIRO: ´FALAR A VERDADE NESSE PAÍS CUSTA CARO"

Quem faz história não são os pilantras que hoje dominam a cena nacional e sim os homens que não se abatem diante dos constrangimentos



Ceará 247 - Em entrevista ao jornalista Josias de Souza (leia aqui), o ex-ministro Ciro Gomes defendeu o irmão Cid, demitido ontem pela presidente Dilma Rousseff.

“Falar a verdade nesse país, principalmente nesses tempos, custa muito caro. Mas acho que esse preço tem que ser pago, porque quem faz história não são os pilantras que hoje dominam a cena nacional e sim os homens que não se abatem diante dos constrangimentos”, afirmou, endossando a crítica de Cid sobre os "400 achacadores" no Congresso Nacional.

Ele também aconselhou a presidente Dilma Rousseff e disse que o mais importante é evitar uma recessão.

“O que importa é a economia, amigo. A recessão é uma ameaça. A moeda do Brasil está derretendo diante das moedas internacionais. E isso significa que a renda média do brasileiro está sendo derretida. A recessão ameaça o empreendedor e daqui a pouco avançará sobre o nível de emprego do país. Você tem uma situação de inflação que ameaça o poder de compra das famílias dos trabalhadores. Um quadro absolutamente preocupante”, afirmou.


quarta-feira, 4 de março de 2015

Por uma oposição democrática : “Por isso, tenho razões para criticar essa inclinação à direita do governo. Não votei neste projeto.”

No segundo turno das eleições presidenciais de 2014, o PSOL recomendou à sua base o voto nulo, branco ou em Dilma Rousseff. O deputado Jean Wyllys foi um dos primeiros do partido a declarar abertamente seu apoio à candidatura do PT na disputa contra o tucano Aécio Neves. Por causa de sua ampla mobilização em defesa da presidenta, o deputado se diz “decepcionado e indignado” com os primeiros movimentos do governo neste mandato. “Concentramos esforços e fizemos a diferença para a Dilma vencer”, afirma Wyllys. “Por isso, tenho razões para criticar essa inclinação à direita do governo. Não votei neste projeto.”

Defensor de pautas progressistas, como a regularização da venda da maconha e a criminalização da homofobia, Wyllys terá de enfrentar o Congresso mais conservador desde 1964, presidido por Eduardo Cunha, o porta-bandeira de uma cruzada contra “gays, abortistas e maconheiros”. Wyllys afirma que Cunha organiza a Câmara de modo a fragilizar as bases partidárias e reforçar a chamada “bancada BBB”: bíblia (evangélicos), bala (indústria armamentista) e boi (agronegócio). “A situação está dura não apenas por causa do enfrentamento político, mas do ponto de vista humano. É terrível termos de conviver diariamente com parlamentares cada vez mais agressivos.”

Sobre a latente campanha da oposição pelo impeachment de Dilma, Wyllys entende tratar-se de um revanchismo tucano estéril, alimentado por Cunha para chantagear o governo por cargos e posições de poder. Na terça-feira 10, Wyllys reuniu-se com a bancada do PSOL para declarar a oposição do partido às medidas de austeridade do governo Dilma e apresentar opções para o que consideram uma “crise político-econômica” vivenciada pelo País.

Na ocasião, o deputado afirmou que a oposição do PSOL não pode ser confundida com o golpismo de outros grupos políticos. “Não podemos tratar todos os parlamentares petistas como corruptos”, disse. Apesar da postura ponderada, o deputado não deixa de cutucar o partido. “O PT tem de fazer a autocrítica. Não importa se a corrupção começou no governo de Fernando Henrique Cardoso. Enquanto justificar um esquema de corrupção por outro, vai gerar cada vez mais antipatia e rejeição.”


segunda-feira, 2 de março de 2015

CAPITAL E TRABALHO SE UNEM CONTRA PACOTE DE LEVY

Capitaneado pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o combate ao pacote de ajuste fiscal do governo, coordenado pelo ministro Joaquim Levy, está reunindo forças historicamente antagônicas no Brasil: o Capital e o Trabalho; Skaf não aceita ajuste fiscal com aumento de impostos e defende corte maior de despesas no governo; objetivo é reunir numa mesma frente Fiesp, Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical e outras gigantes do sindicalismo para pressionar o Congresso a não aprovar as medidas que garantem a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões para este ano; nesta segunda-feira, 2, cerca de 600 sindicalistas protestam no centro de São Paulo contra a mudanças nas regras trabalhistas; sem apoio do próprio partido, de empresários e trabalhadores, presidente Dilma terá força para reequilibrar as contas do governo?




247 - A série de medidas que compõem o pacote de ajuste fiscal do governo, coordenada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está provocando uma união de forças inusitada no Brasil: o trabalho e o capital.

Tanto representantes das indústrias e quanto a classe trabalhadora já demonstraram publicamente condenação à tentativa do governo de equilibrar as contas públicas à base de aumento da carga tributária e de redução em direitos trabalhista e previdenciários.

Pelo lado do empresariado, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) já começou a preparar uma frente de combate à MP que revoga a desoneração da folha de pagamento das empresas e eleva em 150% as alíquotas da contribuição previdenciária cobrada sobre o faturamento.

A iniciativa de se unir às centrais sindicais na cruzada contra o pacote de Levy teria partido do próprio presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O objetivo é reunir na mesma frente Fiesp, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e outras gigantes do sindicalismo para pressionar o Congresso a não aprovar os ajustes para garantir a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões para este ano.

"A Fiesp vai fazer tudo contra a MP. Ela está articulando uma ampla frente de combate às medidas que aumentam os impostos" disse um interlocutor das indústrias de São Paulo à jornalista Marta Beck, do Globo.

Centrais protestam em São Paulo

Pelo lado das centrais sindicais os protesto já começaram. Nesta segunda-feira, 2, cerca de 600 sindicalistas fecharam a rua Martins Fontes, no centro de São Paulo. Eles pedem a revogação das medidas provisórias MPs 664 e 665, que alteram as regras do benefício, abono salarial, seguro defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.

O protesto começou em frente do prédio da superitendência do Ministério doTrabalho, no Centro de São Paulo. "Essa medida vai impedir a maioria dos trabalhadores de conseguir o seguro-desemprego ", disse Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

"Essas medidas provisórias precisam ser revogadas e vamos lutar por isso. São 8 milhões de trabalhadores prejudicados", disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Na defesa das medidas, o governo pretende argumentar que o ajuste fiscal é uma conta que está sendo dividida por toda a sociedade e exigirá sacrifícios de todos: governo, empresários e trabalhadores.

domingo, 1 de março de 2015

Todos às ruas em 13 de março!

CUT conclama trabalhadores, movimentos sociais e militantes de todo o país para atos em defesa da Petrobrás, Democracia e Direitos


A Central Única dos Trabalhadores conclama as trabalhadoras e os trabalhadores, militantes e dirigentes de todo o País para realizar um ato nacional contra a retirada de direitos, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás e da Reforma Política. O ato será no dia 13 de março, em todo o Brasil. Em São Paulo, o ato será em frente ao prédio da Petrobrás, às 15h, na Avenida Paulista.
“A CUT não deixará que os trabalhadores sofram o ônus de medidas fiscais pensadas para a economia. Também não permitirá que a Petrobrás, patrimônio do povo brasileiro, seja desconstruída por vontade de especuladores internacionais. Para defender os direitos de todos os brasileiros vamos às ruas!”, afirma Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.
Pautas
O fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que alteram direitos da classe trabalhadora, é uma das questões centrais. Os movimentos do Brasil estão em alerta desde que foram editadas pelo governo federal, em 30 de dezembro de 2014.
Outra das bandeiras é a defesa da Petrobrás, empresa que corresponde a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirma que a defesa da soberania nacional e do emprego dos petroleiros é urgente. Da mesma forma, o controle das reservas.
Segundo ele, a empresa reúne mais de 86 mil trabalhadores diretos e milhares de indiretos que fazem a estatal ser reconhecida mundialmente por sua excelência. “A Petrobrás investe, por dia, R$300 milhões na economia brasileira e sabemos que o Petróleo por muitos anos ainda será a matriz energética do mundo. Nesse contexto, quem tem petróleo tem poder”.
A terceira bandeira é pelo Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva e Soberana para reforma do sistema político. A representante da Secretaria Operativa Nacional do Plebiscito Popular, Paola Estrada, explica que existe uma manobra no Congresso para que se aprove a reforma política pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/2013, considerada pelos movimentos como a “PEC da Corrupção” porque defende temas polêmicos, como o financiamento privado de campanha eleitoral.
“Setores conservadores e parlamentares, como Eduardo Cunha, querem constitucionalizar a corrupção, com a lógica de que pessoas jurídicas [empresas] votam neste país e tomam decisões acima de nós eleitores. Ou seja, querem constitucionalizar o poder econômico nas eleições brasileiras”, orienta.
A proposta que dialoga com a classe trabalhadora é a da Constituinte pela Reforma do Sistema Político. A consulta popular está prevista no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1508/14, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).


Ajuste econômico pode resultar numa combinação de recessão com inflação e desemprego: " LEVY PARTIU PARA TUDO OU NADA"

Por Tereza Cruvinel

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá que enfrentar, ao mesmo tempo, a gritaria de empresários, trabalhadores e da base social do governo Dilma, para convencer a todos de que seu ajuste fiscal poderá trazer de volta, a médio prazo, um quadro de crescimento; no entanto, a aposta é incerta, diz a colunista política do 247, Tereza Cruvinel; "Muitos são os analistas que apontam o risco de o ajuste resultar numa combinação de recessão com inflação e desemprego. Enfrentado custos mais elevados, as empresas podem alimentar a inflação com o repasse dos encargos para os preços e já falam em demissões. A queda na renda das famílias inibirá o consumo e sobrevirá a recessão", afirma; leia a íntegra

Pelo teor das medidas e pelo tom utilizado na entrevista em que as apresentou, o ministro da Fazenda partiu para o tudo ou nada. Sua sobrevivência no cargo depende, primeiramente, da aprovação das medidas legais do ajuste fiscal pelo Congresso, onde as resistências cresceram com o recuo na desoneração da folha de pagamento das empresas. Se aprovado, o ajuste terá que trazer benefícios econômicos pelo menos a médio prazo. Muitos s analistas, entretanto, temem que as medidas levem o país à nefasta dobradinha entre recessão e inflação.

As primeiras medidas, penalizando apenas os trabalhadores, indispuseram contra o governo sua base social, representada por sindicatos e movimentos que foram para a rua defender a candidatura de Dilma quando o risco de derrota foi efetivo. Se elas tivessem vindo junto com as medidas que afetam empresas e com algum sacrifício para o chamado andar de cima, teria sido mais fácil defendê-las, reclamam os petistas.

Agora veio o aumento de tributos e a reoneração da folha de pagamentos, que mexem com o empresariado e seus aliados no Congresso, sejam da base governista ou da oposição. No vaticínio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, “as dificuldades no Congresso aumentaram”. Relativamente ao fim da desoneração da folha, que eleva a contribuição previdenciária de grande número de empresas de 1% para 2,5% ou de 2% para 4,5%, ele diz que a vigência do incentivo, criado no primeiro governo Dilma, gerou “expectativas de direito”, que exigirão um debate jurídico. Como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, já avisou que o setor vai se mobilizar contra a medida, não se deve descartar a sua judicialização, com recursos aos tribunais superiores. A desoneração continua valendo para alguns setores da economia mas isso o governo mal conseguiu divulgar.

Estas são as dificuldades políticas que Levy enfrentará para legitimar seu ajuste fiscal. Sem falar no desagrado de setores do governo com o tom de suas críticas à desoneração da folha, medida que considerou “grosseira” e chamou de “brincadeira cara”, ao custo de R$ 25 bilhões/ano. O desgaste será também de Dilma mas o ministro tornou-se o pai do ajuste, não se aplicando a ele, até onde a vista alcança, o argumento de que a presidente interfere em suas ações.

Mas ainda que tudo dê certo no Congresso, com algumas concessões sempre inevitáveis, Levy terá de passar pela prova dos resultados econômicos de sua receita. Ele aposta que, arrumando as contas públicas e recuperando a credibilidade da politica econômica do Governo, conseguirá no médio prazo recolocar a economia no caminho do crescimento. Muitos são porém os analistas que apontam o risco de o ajuste resultar numa combinação de recessão com inflação e desemprego. Enfrentado custos mais elevados, as empresas podem alimentar a inflação com o repasse dos encargos para os preços e já falam em demissões. A queda na renda das famílias inibirá o consumo e sobrevirá a recessão. O economista Gonzaga Belluzzo fez este diagnóstico antes mesmo da adoção das primeiras medidas fiscais. Outro que aponta o risco é Guilherme Delgado, ex-IPEA, que descarta a comparação com o ajuste feito por Lula em 2004. Naquele momento, a conjuntura internacional era favorável às exportações, o que compensou a retração. Depois vieram os anos de crescimento. Agora, o quadro é oposto, ainda que o câmbio venha favorecendo os exportadores com a alta do dólar.

Oposta também é a conjuntura política interna que Dilma enfrenta. Lula ainda estava em lua de mel com a população em 2003, e todos os dias aproveitava um discurso para dizer que estava arrumando a casa para alcançar crescimento e distribuição de renda num segundo momento. A comunicação do atual governo não tem sido eficiente neste aspecto e Dilma enfrenta um inferno astral em que se misturam os problemas econômicos com o escândalo da Petrobrás, que fere profundamente o PT, problemas na relação com o parceiro principal na coalizão governista, o PMDB, e uma oposição que não desarticulou suas estruturas de campanha e surfa na insatisfação popular apoiando movimentos difusos pelo impeachment.

Neste quadro, Levy, com apoio de Dilma, fez sua aposta no tudo ou nada.

247

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Dilma usa a receita errada contra a crise : "O ajuste fiscal anunciado pelo governo aumenta o desemprego e pode provocar recessão "

Governo precisa adotar estratégia para administrar situação adversa da economia sem mudar a trajetória de desenvolvimento inclusivo e expandido, em especial, nas regiões mais frágeis do país


por Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

A situação da economia brasileira é delicada, sobretudo se levarmos em consideração o quadro internacional.

O governo precisa adotar uma estratégia de médio e longo prazo para administrar essa conjuntura adversa sem mudar a trajetória de desenvolvimento inclusivo e expandido, em especial, nas regiões mais frágeis do Brasil, iniciada em 2003.

Essa política garantiu o pleno emprego, o aumento do poder de compra dos trabalhadores, além do combate às desigualdades e a distribuição de renda.

O ajuste fiscal anunciado pelo governo no fim do ano passado aumenta o desemprego e pode provocar recessão.

Em janeiro de 2015, o desemprego já foi maior do que no mesmo mês de 2014. A estimativa do IBGE/Pnad para a taxa nacional de desemprego de 2014 é de 8,1% – em 2013 foi de 7,3%, em 2012 foi de 6,3% e em 2011, 6,7%.

Se este ano o PIB chegar a -1%, o desemprego pode chegar a até 10% da PEA. Isso equivale a cerca de 10,5 milhões de desempregados.

A CUT defende uma estratégia que combine o combate à inflação com políticas de estímulo aos investimentos que possam dinamizar o desenvolvimento com geração de emprego e renda.

Para tanto, é urgente a aprovação de uma reforma tributária que desonere os salários e taxe os lucros/dividendos, ganhos com a especulação financeira e as grandes fortunas.

Manter os empregos, a distribuição de renda e o combate a pobreza é fundamental para atravessarmos esse momento delicado da economia brasileira e mundial.


Rede Brasil Atual

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

"SOCIEDADE NÃO ACEITARÁ MAIS AUMENTO DE IMPOSTOS"

Da Agência Brasil - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou hoje (27) nota criticando a Medida Provisória (MP) 669, que eleva as alíquotas de contribuição para a Previdência das empresas sobre a receita bruta, instituída no processo chamado de desoneração da folha de pagamento, a partir de 2011. Segundo a Fiesp, na prática, o governo acaba com o programa de desoneração da folha de pagamento.
Pela medida, publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União, as empresas que recolhiam 1% sobre a receita bruta, passam a recolher 2,5%, e as que tinham alíquota de 2%, 4,5%. Segundo a MP, as empresas poderão optar por pagar as novas alíquotas ou voltar ao sistema anterior.
"Seria mais coerente se tivesse assumido de uma vez que o objetivo é extinguir o programa, aliás criado por esse mesmo governo com o objetivo de incentivar a criação de empregos e sob o argumento de que era necessário dar instrumentos para melhorar a competitividade das empresas", diz a nota, assinada pelo presidente da instituição, Paulo Skaf.
A Fiesp diz que é "absurdo" o governo recorrer novamente ao aumento da carga tributária para socorrer suas finanças, em um momento de queda da produção da indústria e de forte redução do emprego no país. "Só em 2014, a indústria fechou 216 mil postos de trabalho e há grande chance de o PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] registrar crescimento negativo, tanto no ano passado quanto neste ano", acrescenta a nota.
De acordo com a entidade que representa a indústria paulista, o ajuste fiscal de que as contas públicas necessitam tem que ser baseado no controle do gasto, e não no aumento da tributação e no corte do investimentos. "O Brasil já paga uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, de 37% do PIB, quando os países com nível de desenvolvimento semelhante praticam entre 20% e 25% do PIB. O governo promete corte de gastos, quando na prática o que se vê é que a estrutura continua inabalável. Nada aconteceu ainda", destaca a Fiesp.
Para a Fiesp, as pessoas já estão "sufocadas" pelo volume excessivo de impostos e não podem arcar com mais nenhum aumento. "A sociedade brasileira não aceitará aumento de impostos", conclui a nota.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Professores mineiros vão às ruas denunciar gestão de Aécio frente à educação estadual


Belo Horizonte – Na tarde desta quarta-feira (15), na Praça da Liberdade, na capital mineira, foi realizado o ato "Pela Educação, Aécio Não", organizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sindute-MG), em protesto contra os estragos causados na educação pública do estado durante a gestão do ex-governador e presidenciável Aécio Neves (PSDB, 2003-2010), bem como por Antonio Anastasia (PSDB), seu ex-vice e sucessor, que elegeu para continuar à frente do governo do estado. O ato também marcou o apoio oficial do professorado mineiro à reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Compareceram centenas de professores e militantes solidários à categoria, que assistiram a uma "aula política aberta" ministrada por dirigentes do sindicato, com as participações do vereador Arnaldo Godoy (PT), do deputado estadual reeleito Rogério Correia (PT), e da deputada federal reeleita Jô Moraes (PCdoB). Ao final da aula, os participantes seguiram em caminhada até a Praça 7, no centro de Belo Horizonte.
Na aula pública, foram repassados todos os pontos e fatos que, primeiro, desmitificam a eficiência que Aécio atribui ao choque de gestão que, com cumplicidade incondicional da mídia mineira, impôs à máquina pública e seus servidores; por fim, desmentiram o discurso que o candidato usa em debates, entrevistas e em seu programa eleitoral para falar da "reconhecida" excelência que seu governo conferiu à Educação em Minas, contemplando alunos, escolas e trabalhadores do setor.
No governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), perdeu força uma concepção de educação como direito fundamental assegurado pelo Estado, em detrimento de uma visão mercantilizada, com a educação a ser oferecida como mais um serviço do pacote neoliberal de privatizações. Com isso, a rede pública de ensino, em todos os níveis, teve sua estrutura sucateada. Eleito para seu primeiro mandato como governador imediatamente após o fim da presidência de FHC, Aécio adotou a mesma cartilha para Minas, aprimorando apenas a retórica para justificar a manutenção de um modelo excludente de educação.

Fatos e fabulações

Em oito anos de sua gestão, Aécio nunca aplicou na Educação o mínimo de 25% do orçamento anual do estado, conforme determina a Constituição Federal. Com isso – e sem contar a gestão de Anastasia, que também descumpriu a Lei –, o ex-governador deixou de investir R$ 8 bilhões no setor. Não se sabe o destino de tanto dinheiro, mas alunos, professores e demais trabalhadores da educação sabem no que tamanha ingerência resultou para eles.
Os professores mineiros recebem um dos piores salários da categoria no país, e, nesse caso, devido a outro desmando de Aécio, que não cumpriu o Piso Salarial Profissional Nacional, Lei Federal 11.738, de 2008, criada no governo Lula (2003-2010). Além disso, acabou com as gratificações por tempo de serviço e congelou a progressão na carreira até 2015, tudo em favor de um plano de metas cujo único resultado eficaz foi o de adoecer professores, física e psicologicamente, graças à pressão e sobrecarga de trabalho impostas pela Secretaria Estadual de Educação para o cumprimento de tais metas. Hoje, a média salarial de um professor mineiro com 10 anos de serviço na rede estadual e pós-graduação é de R$ 1.013,32.
No caso dos profissionais da educação aposentados, o quadro é ainda mais crítico, em virtude da extinção do Fundo de Previdência dos servidores estaduais, que já somava R$ 3 bilhões. Sem este, e correspondendo unicamente aos critérios do choque de gestão, a aposentadoria dos trabalhadores do setor está pouco acima de um salário mínimo.
Sem os investimentos obrigatórios, a estrutura física das escolas estaduais, hoje, é precária: 633 unidades não possuem rede de esgoto; 1.991 não possuem refeitório; 1.984 não possuem quadras cobertas de esportes; 2.475 não têm laboratórios de Ciências; e quanto à merenda, boa parte dos recursos repassados pelo governo federal para tal finalidade nunca foi transferida para as escolas, faltando comida para os alunos.
Segundo alguns professores presentes ao ato, há, no interior de Minas, escolas improvisadas em postos de gasolina e motéis.
Outro grave problema derivado da negligência de Aécio e Anastasia para com a educação diz respeito às vagas para o ensino: apenas 35% das crianças mineiras conseguem se inscrever no ensino infantil, ao passo que, no ensino médio, faltam mais de um milhão de vagas. Os que conseguem se matricular, entretanto, não têm qualquer garantia de qualidade no aprendizado, uma vez que, para produzir números mais elogiosos a sua gestão, Aécio e Anastasia tiraram dos professores a autonomia para avaliação dos alunos, impondo a aprovação automática destes.

Reprovado

Graças a esse modus operandi, e com um preciso equilíbrio entre omissão da mídia "amiga" e autopropaganda diretamente proporcional, Aécio propaga como projetos o que não passam de produtos de marketing político, caso do "Poupança Jovem", que assiste apenas nove dos 844 municípios mineiros, tamanho desproporcional ao tratamento que o projeto recebe em seu programa eleitoral e, sobretudo, em seu discurso. Mas Aécio edita o que convém a sua imagem pública, conforme explica Mônica Maria de Souza, diretora estadual do Sindute-MG e professora nas redes estadual e municipal de ensino.
"O Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] foi criado pelo Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais] para reunir em um só indicador dois conceitos para avaliação da qualidade na educação: médias de desempenho nas avaliações e fluxo escolar. Mas, ao se limitar a esses conceitos, desconsidera problemas graves, como a exclusão do ensino e a falta de vagas escolares em Minas, fruto do choque de gestão de Aécio. Outra coisa. Com a aprovação automática, o conceito de médias de desempenho é contemplado, mas isso não significa de forma alguma que o aluno teve um aprendizado de qualidade. Mas, como a avaliação despreza estas questões, a nota final é boa, e ele faz toda essa propaganda disso”, pondera.
Aécio ainda se vale de outro expediente para exaltar os "feitos" da gestão tucana pela educação: personalista, nunca explica que a avaliação do Ideb não se refere à gestão do estado, mas à soma dos resultados obtidos nos municípios mineiros, graças aos esforços dos prefeitos e secretários municipais de Educação.
A diretora Mônica destaca que todos esses desmandos do agora presidenciável Aécio Neves foram denunciados pelo Sindute-MG, composto por mais de quatrocentos mil trabalhadores da Educação, ao longo de seus dois mandatos como governador. Nesse período, Aécio nunca recebeu a categoria, limitando-se a fazer acordos pontuais, que, segundo o sindicato, invariavelmente acabaram descumpridos. O ex-governador respondia às denúncias contra sua gestão com processos judiciais, na tentativa de calar seus opositores. Somente agora, nas eleições, foram movidos 27 processos contra o sindicato e contra dirigentes, pessoalmente.
O último processo, movido pela Coligação Todos por Minas, que tentou eleger governador Pimenta da Veiga, candidato de Aécio, dá a exata dimensão de como construiu a imagem de eficiência para si e sua gestão: o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), depois de o Sindute-MG fazer uma campanha em que mostrava a real situação da Educação em Minas, proibiu o sindicato de fazer qualquer crítica à rede pública de ensino de Minas, com punição de R$ 100 mil por denúncia.
Para o deputado estadual Rogério Correia, um dos fundadores do movimento Minas Sem Censura, Aécio apenas repete o que fez durante oito anos como governador e continuou fazendo como senador e candidato: “Quando ele falava bem da educação ou de qualquer outro segmento em Minas, a realidade mostrava que ele estava mentindo, então ele mobilizava o Tribunal de Contas, o Tribunal de Justiça e a imprensa para calar a verdade, um verdadeiro estado de exceção. A resposta a isso veio nas urnas: seu candidato ao governo foi derrotado no primeiro turno, e ele também perdeu pra Dilma em Minas, o que o torna desacreditado como candidato a presidente. A verdade se estabelece".

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dilma acua Aécio em debate, e mostra força para reta final

Por Rodrigo Vianna
outubro 15, 2014 01:22

Vou falar de impressões apenas – sem pesquisas qualitativas, sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto. No primeiro bloco do debate da Band, Aécio estava mais solto. Mas Dilma cresceu na hora do confronto mano a mano. Especialmente, no segundo e no terceiro blocos.

Foi um debate tenso demais, com o país dividido como nunca. Isso talvez explique o meio sorriso que escapava da boca do candidato tucano desde os primeiros minutos. Poderia ser um sorriso para disfarçar o nervosismo. Mas conferia a Aécio Neves um certo ar de arrogância, de deboche – que não cai bem para quem almeja a presidência da República.

Dilma, por outro lado, mostrava a conhecida falta de fluência. Ela não é uma oradora. Nunca foi. Em alguns momentos, se atrapalhou para completar frases. Mas não é isso que a fará ganhar ou perder a eleição. Se assim fosse, Pedro Simon seria o presidente da República.

A minha colega Christina Lemos (sem paixões e com objetividade) talvez tenha definido bem a questão, no twitter: “Aécio, mais fluente, como sempre, mas sem resultados para apresentar.”

Sim, porque “fluência” não é o principal num debate televisivo. O principal é a capacidade de pautar temas. E de produzir motes que permaneçam nos dias seguintes. Nesse ponto, Dilma parece ter sido mais efetiva.

Em minha modesta opinião, três coisas ficam desse debate…

1 No segundo bloco, o candidato do PSDB queria saber da corrupção da Petrobras, e mantinha ainda o tal sorriso irônico no rosto, quando Dilma – de forma aguda e surpreendente – trucou e perguntou sobre o aeroporto da cidade de Cláudio-MG (aquele, construído com dinheiro público dentro da fazenda de um tio do ex-governador tucano).

O sorriso de Aécio se desmanchou. Isso fica para o espectador. Aécio não chegou a ser nocauteado, mas pareceu zonzo durante alguns segundos. Isso foi visível no vídeo.

2 No mesmo bloco, a pergunta de Dilma sobre violência contra a mulher tinha endereço certo. E também tirou Aécio do prumo. O candidato do PSDB foi acusado publicamente – pelo jornalista Juca Kfouri (leia aqui) – de ter batido na namorada numa festança no Rio. Aécio jamais processou Juca por isso. De novo, Dilma fez a pergunta, e Aécio se desmanchou. Nesse caso, nem fechou o rosto, parecia ainda mais aturdido, temendo um golpe final.

Dilma não avançou o sinal. Poderia ter perguntado: “o senhor já acompanhou, em sua família, algum caso de agressão contra a mulher?” Não foi tão longe.

Mas a campanha de Dilma provavelmente sabe que a pergunta seria suficiente para pautar esse tema – “agressão contra a mulher” – na internet.

3 Dilma mostrou que Aécio nomeou parentes para o governo de Minas. Aécio tentou reagir,disse que Dilma precisava provar o que fala. No dia seguinte a debate, estão aí as provas: irmão, primos, tio: a parentalha do tucano toda empregada. Esse é o sujeito que vai “varrer a corrupção”?*

Essas três perguntas foram o ponto alto do debate. Significaram golpes duríssimos contra o candidato que se apresenta como “novo” e “mudança”. Talvez uma parte do Brasil se pergunte: que mudança pode comandar um homem acusado de fatos tão graves?

Dilma – como já fizera em 2010 no debate da Band, com as denúncias sobre Paulo Preto e o enfrentamento da questão do aborto – pode ter pautado de novo o segundo turno de 2014.

Mandou dois recados certeiros:

- Aécio não tem moral pra falar em corrupção – vamos enfrentá-lo nesse quesito;

- os telhados de vidro do tucano não permitem que ele paute essa campanha com “moral e bons costumes”.

Claro que tucanos mais ferrenhos podem ter achado que Aécio (o “fluente”) foi o grande vitorioso. Mas o que Aécio deixou ao fim do debate? Ele que fala em “propostas” e “futuro”, o que propôs? Basicamente, a continuidade dos programas implantados por Dilma/Lula.

Uma análise honesta – ainda que pouco simpática ao tucano – deve reconhecer que ele não saiu do debate maior do que entrou. Por outro lado, não foi uma derrota completa.

Mas há uma diferença importante: a turma de Aécio começou a semana encomendando o paletó pra festa de posse. Os tucanos subiram no salto. Aécio chegou a falar em “meu ministro da Fazenda”. Dele se esperava um golpe final para garantir a vitória.

Dilma, ao contrário, foi para o debate com parte de sua militância preocupada, na dúvida sobre a capacidade de enfrentar a onda midiática e ganhar a eleição.

A candidata do PT mostrou força, incendiou a sua turma e injetou ânimo para a reta final dessa duríssima campanha.

Para azar de Aécio, o desastrado Pastor Malafaia (apoiador do tucano) fazia graça no twitter no fim da noite: “Já esta saindo uma ordem de prisão a caminho da Band contra Aécio por espancamento a mulher” (numa referência a suposta superioridade do tucano no debate).

Malafaia não deveria falar de corda em casa de enforcado. Aécio agradece se esse tema “violencia contra a mulher” for rapidamente esquecido.

Não será, ao que parece…

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vitrine de Aécio Neves quebrou em Minas Gerais

Comparação direta entre dois candidatos envolve propostas para o futuro, biografia, realizações e confiança a partir do que fez no passado. Quadro mineiro põe em xeque credenciais do tucano


O candidato Aécio Neves (PSDB) entra no segundo turno com um paradoxo difícil de explicar ao eleitor: foi demitido pelo povo mineiro. Teve uma votação nacional acima do que as pesquisas indicavam, ultrapassando com folga Marina Silva (PSB), chegando em segundo lugar na disputa pelo segundo turno, mas sofreu uma derrota acachapante em Minas Gerais, seu reduto eleitoral, onde fez toda sua carreira política.
Aécio entrou na campanha acreditando que largaria com ampla vantagem no seu estado, o segundo maior colégio eleitoral, e esperava equilibrar o resultado em São Paulo, o maior colégio, onde ele era uma incógnita. O resultado foi bem diferente. Em Minas, onde reinou nos últimos 12 anos, mantendo a hegemonia tucana em todas as eleições estaduais, teve uma votação menor do que sua adversária no segundo turno, Dilma Rousseff (PT), e ainda viu seu candidato a governador perder em primeiro turno para o candidato Fernando Pimentel (PT), aliado de Dilma. Enquanto isso, de São Paulo veio sua maior vitória, casada com o bom desempenho nas urnas do PSDB paulista.
Esse quadro dificulta a campanha do candidato tucano no segundo turno. Sua maior credencial a ser exibida ao eleitor era justamente os governos de Minas, onde foi governador por oito anos. Ao perder a eleição onde é bem conhecido, parte do eleitorado que votou nele onde era desconhecido, pode ficar com a pulga atrás da orelha.
No mínimo, muitos vão querer saber melhor as razões de ele ter perdido a eleição justamente onde é mais conhecido.
O tucano sofreu um forte desgaste de imagem recentemente quando foi descoberto que construiu aeroportos com dinheiro público, quando era governador, em locais que beneficiam suas propriedades particulares e de sua família, sem conseguir justificar com critérios técnicos. O aeroporto da cidade Cláudio foi construído a seis quilômetros de sua fazenda e em terras de seu tio-avô, desapropriadas em um processo rumoroso. O Ministério Público de Minas Gerais abriu investigação para analisar que estudos embasaram a decisão de construir ali, se já existe outro aeroporto ao lado, em Divinópolis que atende a região.
Outro aeroporto foi construído na cidade de Montezuma, onde Aécio também tem fazenda. Nos dois casos, são cidades pequenas, cujos aeroportos ficam ociosos, trancados, ainda pendentes de regularização na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e que, na prática, foram usados para uso privado do ex-governador tucano e de seus familiares.
Outros problemas são escândalos no entorno político de Aécio. Recentemente, o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB) renunciou ao mandato quando iria ser julgado no STF pelo "mensalão" tucano. A renuncia evitou o julgamento fazendo o processo voltar à justiça de Minas. A manobra de última hora foi vista por boa parte do eleitorado como confissão de culpa e busca pela impunidade, afinal se houvesse convicção de inocência poderia enfrentar o julgamento e preservar o mandato. Além disso, foi vista como uma operação para abafar o escândalo de forma ao julgamento não ocupar o noticiário próximo à campanha eleitoral.
A mesma manobra foi feita por outro político bastante próximo a Aécio. O ex-senador Clésio Andrade (PMDB) também renunciou ao mandato quando o STF já iria marcar seu julgamento pelo mesmo escândalo. Apesar de hoje estar no PMDB, o ex-senador foi vice-governador de Aécio de 2003 a 2006, e chegou ao Senado como suplente, em vaga conquistada em coligação com o tucano nas eleições de 2006.
Outro caso rumoroso envolvendo um aliado foi o do senador Zezé Perrella, quando um helicóptero de sua família foi apreendido com quase meia tonelada de cocaína. As investigações não encontraram envolvimento do senador e de sua família no crime de tráfico de drogas, mas não deixa de ser constrangedor o descontrole sobre as atividades ilícitas que eram feitas com o helicóptero. Tudo isso criou uma agenda negativa para o tucano mineiro.
Além disso, Aécio sempre contou com uma imprensa majoritariamente dócil em Minas, que blindava malfeitos e fracassos, divulgando uma agenda positiva dos governos tucanos. Ao longo de 12 anos, a percepção de que o governo tucano de Minas não estava atendendo aos anseios da população chegou à maioria do povo, que resolveu votar contra a continuidade do grupo político de Aécio.
Em eleições de dois turnos, a comparação direta entre apenas dois candidatos envolve propostas para o futuro, biografia, realizações e confiança a partir do que fez no passado. A vitrine de realizações de Aécio entrou quebrada no segundo turno, pelo resultado da eleição em Minas.