terça-feira, 30 de setembro de 2014

Minas para os mineiros: PIMENTEL DISPARA E ABRE 23 PONTOS DE VANTAGEM


VOX POPULI: PIMENTEL DISPARA E ABRE 23 PONTOS DE VANTAGEM

Belo Horizonte (30 de setembro) - Pesquisa do instituto Vox Populi divulgada hoje na imprensa confirma que o candidato a governador pela coligação Minas Pra Você, Fernando Pimentel (PT), venceria a eleição em Minas Gerais já no primeiro turno.

Segundo a pesquisa, Pimentel aparece com 41% das intenções de voto – uma vantagem de 23 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, o candidato do PSDB Pimenta da Veiga, que registrou 18%. Tarcísio Delgado (PSB) alcançou 3% das intenções de votos.

Pimentel subiu três pontos percentuais em relação à última pesquisa Vox, divulgada em 9 de setembro. Já o candidato do PSDB caiu um ponto.

Quando se contabiliza apenas os votos válidos (desconsiderando-se votos em brancos, nulos e indecisos), a vantagem de Pimentel é ainda maior: o candidato chega a 64%, ante 28,1% de Pimenta da Veiga e 4,6% de Delgado, confirmando, mais uma vez, a vitória no primeiro turno.

Desde o início da campanha eleitoral, Pimentel está à frente de todas as pesquisas eleitorais divulgadas até o momento.

“Estamos percorrendo todo o estado e ouvindo os mineiros e mineiras. Estamos com os pés no chão e trabalhando, com humildade e carinho, para mostrar nossas propostas em áreas como saúde, educação e segurança. E temos feito uma campanha de alto nível, sem ódio e sem baixarias, ao contrário do nosso adversário. Nossa campanha respeita os mineiros”, diz Pimentel.

As pesquisas, segundo Pimentel, mostram que o caminho seguido até agora está sendo assimilado pela população e servem de estímulo para que ele continue trabalhando mais ainda até o dia da eleição.

“A pesquisa que realmente importa é a das urnas, em 5 de outubro. Até lá, continuaremos apresentando propostas e ouvindo os mineiros e mineiras”, garante.

A pesquisa Vox Populi foi realizada entre os dias 27 e 29 de setembro e ouviu 2,4 mil eleitores em 127 municípios. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número MG-00163\2014.

PIMENTEL RECEBEU MAIS DE 5 MIL PROPOSTAS PARA PROGRAMA DE GOVERNO


O candidato a governador pela coligação Minas Pra Você, Fernando Pimentel (PT), comemorou hoje a marca de mais de 5 mil propostas para seu programa de governo enviadas pela população mineira. As propostas, sobre os mais variados temas, têm chegado tanto através dos canais abertos no site do candidato quanto no contato direto com moradores, entidades de classe e representantes da sociedade civil.

Para estimular a participação dos mineiros de todas as regiões, a campanha disponibilizou canais de comunicação, três deles digitais por meio dos quais os mineiros podem enviar suas propostas. Ao entrar no site, o internauta tem a opção de preencher um formulário apresentando sugestões.

Por meio do aplicativo “Melhor Pra Você”, que possui duas versões, uma para Facebook e outra para celular, disponível para as plataformas Apple e Android, os internautas também podem participar enviando mensagens escritas e de áudio, dentro do mote da campanha “Ouvir para governar”.

“Acredito que, para governar, é preciso saber ouvir. Um governante tem de estar nas ruas, conhecendo de perto a realidade e as reivindicações da população. Não há como governar em gabinetes fechados e distantes do mundo real”, disse o candidato. Para isso, Pimentel está percorrendo todo o estado.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Para os professores nada, pra família e amigos tudo : Gastos no aeroporto da família de Aécio Neves é de R$ 14 milhões

O estado de Minas Gerais amarga uma crise sem precedentes das instituições públicas, deixada por Aécio enquanto governador. Tudo começa a ficar mais claro pra onde ia todo o dinheiro que não ia pra educação, que não podia chegar até os professores e os servidores da saúde ( que ainda estão em greve ). Esse fato do aeroporto é apenas um de tantos outros privilégios que o Imperador Aécio Neves concedia aos amigos e familiares aqui nas Gerais. Claro, que não precisa nem falar da conivência e da blindagem da mídia mineira acerca de Aécio. Nós mineiros e triangulinos temos o dever de acabar com essa mamata que a mais de uma década se instalou em Minas.  



Aeroporto em fazenda da família de Aécio Neves custou R$ 14 milhões


O governo de Minas Gerais gastou cerca de R$ 14 milhões para erguer um aeroporto em uma fazenda da família do candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves.
Na época, Aécio estava no final do seu segundo mandato como governador de Minas Gerais. As informações são de reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (20).
De acordo com a reportagem, o aeroporto, construído na cidade de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, é administrado pela família do candidato à Presidência da República, e ficou pronto em 2010.
A operação do aeroporto é considerada irregular pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A assessoria de imprensa do tucano informou à Folha de S. Paulo que a construção seguiu critérios técnicos. Ele ainda disse que a escolha da área possibilitou que a obra fosse feita com menor custo para o Estado.

Aécio não esclarece se usou aeroporto construído em terreno de tio

R7.com  


O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) não esclareceu se chegou a utilizar a pista de pouso do aeroporto construído pelo Governo de Minas em Cláudio, na região centro-oeste do Estado, durante seu mandato. Após pedido de resposta feito pela reportagem do R7, a assessoria do senador tucano informou que “não teve retorno” sobre o assunto.

Desde que o caso foi revelado, por meio de denúncia feita pelo jornal Folha de S. Paulo, ocandidato já emitiu várias notas para explicar a situação. Nenhuma delas, no entanto, confirma ou nega a afirmativa feita por um primo do senador de que ele usa "o aeroporto sempre que visita a cidade".

Na última quarta-feira (23), foi publicado um longo texto em sua página no Facebook, intitulado “A verdade sobre o aeroporto de Cláudio (MG)”, em esquema de perguntas e respostas. A resposta sobre a utilização ou não do aeroporto para pousos e decolagens não foi publicada pela assessoria do candidato.

Ainda enquanto era governador, Aécio promulgou uma lei que deu o nome de seu tio-avô, Deputado Oswaldo Tolentino, ao aeroporto. A proposta foi feita pelo deputado estadual na época, Domingos Sávio (PSDB). A justificativa apresentada pelo parlamentar afirma que Tolentino era um cidadão importante para o município e "fora o primeiro claudiense a nele pousar com seu próprio avião, de nome Aeronca, em meados de 1953".

Aeroporto é irregular

Conforme as informações divulgadas pela Folha, o Governo de Minas Gerais gastou cerca de R$ 14 milhões para erguer um aeroporto em uma fazenda da família de Aécio. Na época, ele estava no final do seu segundo mandato como governador do Estado.

De acordo com a reportagem, o aeroporto, construído na cidade de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, é administrado pela família do candidato à Presidência da República, e ficou pronto em 2010

terça-feira, 15 de julho de 2014

Banco do Brics vai garantir investimentos em infraestrutura, destaca Dilma #BRICS


A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que está otimista com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e de um fundo de reservas para o bloco, que reúne cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ao sair do hotel onde está hospedada em Fortaleza, para participar da sexta reunião de cúpula do bloco, ela ressaltou que a instituição deverá beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento.

“O banco vai contribuir com recursos para garantir investimentos em infraestrutura. O Acordo Contingente de Reservas, com montante de US$ 100 bilhões, vai contribuir para que esse processo de volatilidade, enfrentado por diversas economias quando da saída dos Estados Unidos da política de expansão monetária, seja mais contido, mais administrado. [Isso] dá segurança, uma espécie de rede de proteção aos países do Brics e aos demais”, disse a presidenta.

A criação do banco e do fundo de reserva deve ser anunciada na tarde de hoje, após reunião dos chefes de Estado do Brics. O banco terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias. Depois da assinatura do acordo para a criação, o banco terá que ser aprovado pelos parlamentos dos cinco países. O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões, para os países do bloco com dificuldades financeiras.

Encontro dos BRICS em Fortaleza

DILMA: “ESTAMOS ENTRE OS QUE MAIS CRESCERAM”
247 – Em discurso durante sessão plenária da 6ª cúpula do Brics, que reúne em Fortaleza (CE) mandatários de Rússia, Índia, China e África do Sul, além do Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do bloco e o estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas, os países Brics "ganham densidade e afirmam seu papel no cenário internacional".

No atual cenário, ressaltou Dilma, uma conjuntura de "grandes oportunidades", os países do bloco "têm a obrigação de se manifestar, de se fazer escutar, de atuar". Os membros do grupo "não podem ficar alheios às grandes questões internacionais", acrescentou. A presidente reforçou que "estamos não apenas entre as maiores economias do mundo, mas também entre as que mais cresceram nos últimos anos".

"Somos responsáveis pela mitigação dos efeitos da crise financeira global, e pelo sustentado crescimento da economia mundial", discursou, lembrando que o "ativismo" do bloco, no entanto, não deve ser confundido com o "exercício de poder hegemônico ou o desejo de dominação". Entre os temas debatidos na cúpula, disse Dilma, houve o consenso na ideia de que "apesar de uma diminuição no ritmo de seu crescimento, os países emergentes continuam a ser a força motriz". Segundo a presidente, também foi examinado "o processo de lenta recuperação econômica dos países mais ricos, como os EUA, cuja economia registrou forte contração".

Abaixo, reportagem anterior da Agência Brasil:

Daniel Lima e Sabrina Craide - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que está otimista com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e de um fundo de reservas para o bloco, que reúne cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ao sair do hotel onde está hospedada em Fortaleza, para participar da sexta reunião de cúpula do bloco, ela ressaltou que a instituição deverá beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento.

"O banco vai contribuir com recursos para garantir investimentos em infraestrutura. O Acordo Contingente de Reservas, com montante de US$ 100 bilhões, vai contribuir para que esse processo de volatilidade, enfrentado por diversas economias quando da saída dos Estados Unidos da política de expansão monetária, seja mais contido, mais administrado. [Isso] dá segurança, uma espécie de rede de proteção aos países do Brics e aos demais", disse a presidenta.

A criação do banco e do fundo de reserva deve ser anunciada na tarde de hoje, após reunião dos chefes de Estado do Brics. O banco terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias. Depois da assinatura do acordo para a criação, o banco terá que ser aprovado pelos parlamentos dos cinco países. O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões, para os países do bloco com dificuldades financeiras.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Entrevista dos pré-candidatos ao governo de Minas Gerais : Toninho Andrade e Pimentel

Pré-candidatos ao governo de Minas Gerais em entrevista a tv local de Patos de Minas . Toninho Andrade (PMDB), ex-ministro da Agricultura, nascido em Patos de Minas e que concorre a vice-governador em sua chapa

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Caravana da Participação em Patos de Minas


Visitando a 35ª cidade com a Caravana da Participação, candidato ao governo do estado diz que a realidade de Minas não é tão bonita como a que se vê na TV

Patos de Minas (26 de junho) – “Queremos governar a Minas de fato, a Minas real, a Minas do dia a dia, de quem anda de botina e suja o pé de terra. De quem sabe as dificuldades para produzir, para colher, para educar, para ter saúde e para dar segurança às pessoas”, discursou hoje o candidato a governador, Fernando Pimentel (PT), na 35ª cidade visitada pela Caravana da Participação, Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba.

Muito aplaudido por cerca de 250 prefeitos, vereadores e lideranças da região, o petista destacou a competência de Toninho Andrade (PMDB), ex-ministro da Agricultura, nascido em Patos de Minas e que concorre a vice-governador em sua chapa. Pimentel elogiou a atuação do peemedebista à frente do ministério e destacou ações do governo federal que beneficiaram a agricultura da região, como a distribuição de caminhões caçamba e retroescavadeiras para melhoria das estradas vicinais.

Segundo ele, o perfil de Toninho – ex-prefeito de Varzante (1989-1992), no Alto Paranaíba, e ex-presidente do Sindicato Rural da cidade – completa o seu. “Não é por acaso que escolhemos como vice uma pessoa com a experiência do Toninho, e não é à toa que ele vem desta região, tão importante para a agricultura do estado”, ressaltou.

O petista fez um balanço do percurso feito até agora nas diversas regiões do estado, das demandas apresentadas por autoridades e cidadãos comuns e prometeu: “Vamos fazer em Minas o que o presidente Lula e a presidente Dilma fizeram para o país, uma Minas de todos e para todos.”

“Estamos cansados de saber qual é a realidade de Minas Gerais. Não é essa bonita que vemos na propaganda de televisão. Em cada lugar que a gente vai, recebemos a mesma fotografia: uma lacuna entre o andar de cima, que é o governo federal, e o andar de baixo, que é o municipal”, afirmou Pimentel, prometendo maior participação da população no governo.

Para exemplificar, ele contou que em Ubá, na Zona da Mata, empresas regionais estão se mudando para Goiás, onde os impostos são menores. Em Manhuaçu, na mesma região, há um hospital regional abandonado. Em Nova Resende, região produtora de café no Sudoeste do estado, descobriu que a Emater, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, possui apenas um técnico para atender centenas de produtores rurais.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

De volta ao "submundo da internet"

Diante do mau caratismo de Aécio em dizer que as verdades sobre ele vem do submundo, resolvi voltar e não aceitar que ele pague de bom moço, salvador das Minas Gerais. Quem mora em Minas Gerais sabe e sente no bolso que o estado está falido, e sabem também que o choque de gestão de Aécio foi a maior fantasia vendida pela mídia mineira. Irei fazer campanha em apoio a mudança em Minas, e esse é o sentimento da maioria dos mineiros.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

ESSA IMAGEM É TUDO.VIVA O MEU BRASIL !!!A CASA DO POVO


A DILMA NÃO PODE SE TRANCAR

Violência da Polícia, não !
A Polícia não se democratizou, desde o regime militar.
Democracia tem que mediar conflitos.
Existe uma diferença entre Violência e Força.
Força previne, evita.
A Violência da PM de São Paulo se tornou o problema principal.
Mas, tem também descontentamento.
O aumento da tarifa é menor que a metade do aumento da inflação.
“Passe livre” – quem paga ?
A Erundina tentou pagar o “passe livre” com o aumento do IPTU e quase cai.
A Prefeitura tem que ter – se o Estado não tem – uma política de transporte.
E essa política tem que ser discutida com os movimentos sociais.
As autoridades demoraram a reagir.
A Polícia começou a bater.
E se criou um caldo de cultura que contém segmentos variados.
Tem de tudo.
E é assim mesmo: a sociedade é assim, variada…
É preciso denunciar a violência social, como fizeram vários manifestos.
E é preciso dialogar, mesmo que seja para dizer não e ouvir desaforo.
Atinge a Dilma ?
Não. 
Nem as vaias.
Isso é do jogo.
Atinge o Haddad e, é claro, o Alckmin, que só agora se dispõe a retirar a bala de borracha do “arsenal de combate”.
Há segmentos que estão insatisfeitos.
Com razão.
O Governo Federal não pode ficar trancado em casa.
A reagir à insatisfação com providências que se tornam rotina, iguais, de interlocutores com lugar – e papel – marcado.
A Dilma tem que disputar.
Ir para a arena do debate.
Disputar no plano das ideias, da política – isso ela pode e deve.
O país dos tucanos interditou o debate.
Só se falava de bancos e da globalização.
O Lula destampou o Brasil ao rasgar a cartilha neolibelês.
Emergiu tudo: os negros, os quilombolas, os catadores de papel, os homossexuais.
E o povo quer mais.
O Governo tem estar disposto a dialogar sobre hoje e o futuro.
A questão urbana deve estar no centro dessa agenda.
A questão da Violência, pelo amor de Deus !
Isso é central !
E o Ministro da Justiça do Governo do PT não combate.
Os programas que ele lançou são enfeite, de “griffe”.
A questão da insegurança não é só do Alckmin.
Se a Dilma não fizer nada, com esse ministro invisível, a Insegurança desaba no colo dela, ano que vem.
O PAC basta para combater a violência.
A verdadeira e as dos programas vespertinos da televisão aberta, essa que explora o espectro magnético.
Paulo Henrique, pelo sábio interlocutor.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Os protestos e a falência moral do Brasil

Rodrigo Paiva

O Brasil, ou melhor, sua classe política, mídia e polícia, está moralmente falido. Talvez seja redundância fazer tal crítica a este País, em que corrupção, violações aos direitos humanos e jeitinhos são regra, mas as palavras (ditas e não ditas) sobre as manifestações contra o aumento das tarifas de transporte público revelam que a falência moral chegou a um nível mais profundo.
Após três dias de protestos, convocados pelo Movimento Passe Livre (MPL) e marcados por condenáveis e lamentáveis vandalismos, estava claro que o clima em muitas cidades, em especial em São Paulo, era de enorme tensão. Mesmo assim, não faltaram palavras e atos para incitar a violência e desprezar a moderação.
Na quarta-feira 12, o Ministério Público de São Paulo tentou intermediar um diálogo. Conseguiu do MPL o compromisso de cancelar os protestos em troca da suspensão do aumento por 45 dias. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ignoraram a promotoria. Ao rejeitar o diálogo, os dois, Alckmin e Haddad, PT e PSDB, referendaram a repressão policial contra os manifestantes. Governador e prefeito devem ter feito felizes os defensores de mais repressão contra os “baderneiros”, “arruaceiros” e “terroristas” .

Na mesma toada seguiu o governador do Rio de Janeiro. Nesta quinta, Sergio Cabral (PMDB) tentou deslegitimar os protestos, ao captar um "ar político" e não “espontâneo” nos protestos. Segundo ele, os “baderneiros” não estavam ali para defender interesses públicos, mas sim para gerar um clima de confusão.


A postura de Haddad, Alckmin e Cabral conta não apenas com a anuência, mas com o apoio do governo federal. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), pediu na quarta-feira 12 à Polícia Federal o acompanhamento dos protestos e, nesta quinta, deu a entender que tropas federais estavam à disposição. “O governo federal está à disposição do governo de São Paulo e de qualquer outro estado em que isso aconteça para apoiar naquilo que for solicitado”.
Na rejeição à moderação e na tentativa de deslegitimar os protestos, tucanos e petistas contaram com aliados em outras frentes. Em editoriais publicados nesta quinta-feira, os jornaisFolha de S.Paulo e Estado de S.Paulo clamaram por repressão policial. “É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na avenida Paulista, em cujas imediações estão sete grandes hospitais”, afirmou a Folha. O Estadão, segundo quem “chegou a hora do basta”, foi além. “Espera-se que [Alckmin] passe dessas palavras aos atos e determine que a PM aja com o máximo rigor para conter a fúria dos manifestantes, antes que ela tome conta da cidade”.
O PT, aquele partido que um dia defendeu direitos inalienáveis e hoje larga a comissão de Direitos Humanos da Câmara na mão de um fundamentalista religioso, contou com alguns de seus cegos fieis para deslegitimar os protestos. Numa orgia de contradições e absurdos, blogueiros ditos “progressistas” viram nas manifestações um complô contra o PT e criticaram veemente até o direito a protestar.

Devidamente insuflada e autorizada a agir, a Polícia Militar, esta excrescência do autoritarismo, fez o de sempre. Agiu de forma brutal e descontrolada, violando princípios básicos de convivência e democracia. A Tropa de Choque da PM começou a violência no centro de São Paulo, nesta quinta-feira. Na rua Augusta, um policial da Rota atirou covardemente contra um grupo de pessoas. Eram jornalistas da Folha de S.Paulo. Dois deles foram feridos no olho, uma delas gravemente. Sérgio Silva, fotógrafo da agênciaFutura Press, corre o risco de perder a visão de um olho após ser atingido também pela PM. Vídeos mostraram outros ataques absurdos a jornalistas e a cidadãos que pediam "não à violência". O repórter Piero Locatelli, de CartaCapital, foi detido de forma arbitrária, enquanto fazia a cobertura dos protestos. O número de manifestantes que foram feridos e detidos pelas forças de segurança talvez sejam incontáveis.

Diante da crise de representatividade, escancarada pelo fosso existente entre o poder público e a população, há cada vez menos formas legítimas de as populações manifestarem suas indignações contra lobbys, bancadas parlamentares temáticas e autoritarismo de gente eleita. Na Europa e nos EUA, por meio do movimento Occupy, este fosso fora revelado. Este início de junho, surgiu também na Turquia. Como em Istambul, o estopim era uma questão banal. Lá, foi a destruição de uma área verde. Aqui, o preço da passagem de ônibus.
Em meio à crise e à tensão, sobraram vozes para insuflar a violência e sufocar o debate sobre os problemas do transporte. Talvez não haja retrato mais simbólico do caráter de um país

Carta Capital

Bloco de oposição da ALMG reage à decisão que proíbe manifestações


Os deputados de oposição ao governo convocaram uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (14) para anunciar as medidas que serão tomadas pelos parlamentares em relação à decisão da Justiça que proibiu manifestações populares durante a Copa das Confederações de Minas.

A determinação resulta de uma ação do governo contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), que planejavam protestos durante os dias de jogos em Belo Horizonte. Em caso de descumprimento, os sindicatos estarão sujeitos a multa diária de R$ 500 mil.

Além dos deputados Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT), que integram o Bloco Minas sem Censura na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), estarão presentes ainda representantes das entidades sindicais.

Segundo o presidente do Sindpol, Denílson Martins, o governo comprou uma briga forte contra os trabalhadores. "Isso não é um choque de gestão. É na verdade um choque de truculência. Mas não vai ficar barato", garantiu. Além dos deputados, o representante dos policiais afirmou que já acionou também o Ministério Público Estadual.