sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Inglaterra estuda retomar ações militares contra Argentina

O navio Cardiff ancora em Port Stanley

Da Redação
Vinte e nove anos depois da Guerra das Malvinas, quando a Argentina, em plena decadência de sua ditadura militar, desafiou a Inglaterra pela soberania do território localizado no Atântico Sul, a tensão entre os dois países, que nunca deixou de existir, retorna com força crescente. Em 1982, isolada e enfrentando uma severa crise interna, a Argentina perdeu o conflito.

Atualmente, o contexto é outro. Após a reunião do Mercosul nesta semana, quando Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai concordaram em não permitir que embarcações com a bandeira das ilhas atraquem em seus portos, o jornal britânico Daily Mail publicou uma reportagem afirmando que as autoridades militares da Inglaterra estão elaborando um plano de defesa para as Malvinas.

De acordo com o periódico, militares britânicos pressionam o governo do primeiro-ministro conservador David Cameron para que um submarino nuclear seja enviado à região – que está sob controle da Inglaterra desde 1833.
Outro fator que deve intensificar ainda mais a tensão entre Argentina e Inglaterra é a previsão de uma visita do príncipe Willian às ilhas no ano que vem. Ainda na reportagem do Daily Mail, consta que o ministro da Defesa britânico, Philip Hammond, teria sido informado, em Londres, sobre a possibilidade de um novo conflito bélico com a Argentina no caso de a situação se agravar.
Funcionários da inteligência disseram ao ministro e ao Conselho de Segurança Nacional que, no momento, “não há ameaça militar factível” às ilhas por parte da Força Aérea Argentina. Entretanto, o Daily Mailreproduz a fala de um oficial militar da Inglaterra que sustenta que “há uma ameaça e adotaremos medidas de prevenção rapidamente”, acrescentando que “confiamos que os argentinos não podem sequer atracar um barco pesqueiro nas Malvinas, mas é importante demonstrar que somos sérios quanto a nossas obrigações”.

Na prática, além do efeito simbólico de solidariedade à reivindicação da Argentina, a proibição imposta por Brasil, Uruguai e Paraguai às embarcações malvinas afetará cerca de 25 barcos, na maioria pesqueiros com licença espanhola.

Com informações do El País do Uruguai. 

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