Na luta por liberdade assim como os Inconfidentes.Um Blog que é contra qualquer tipo de manipulação,que possa alienar as pessoas da verdadeira versão dos fatos.Você fica sabendo o que velha mídia esconde.Defendo uma América Latina forte e longe das garras do imperialismo estadunidense.Neste blog se discute política, cultura, mídia,educação, democracia e etc.Aqui não é o PIG,você pode opinar,expressar seu ponto de vista.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
A DILMA NÃO PODE SE TRANCAR
Violência da Polícia, não !
A Polícia não se democratizou, desde o regime militar.
Democracia tem que mediar conflitos.
Existe uma diferença entre Violência e Força.
Força previne, evita.
A Violência da PM de São Paulo se tornou o problema principal.
Mas, tem também descontentamento.
O aumento da tarifa é menor que a metade do aumento da inflação.
“Passe livre” – quem paga ?
A Erundina tentou pagar o “passe livre” com o aumento do IPTU e quase cai.
A Prefeitura tem que ter – se o Estado não tem – uma política de transporte.
E essa política tem que ser discutida com os movimentos sociais.
As autoridades demoraram a reagir.
A Polícia começou a bater.
E se criou um caldo de cultura que contém segmentos variados.
Tem de tudo.
E é assim mesmo: a sociedade é assim, variada…
É preciso denunciar a violência social, como fizeram vários manifestos.
Existe uma diferença entre Violência e Força.
Força previne, evita.
A Violência da PM de São Paulo se tornou o problema principal.
Mas, tem também descontentamento.
O aumento da tarifa é menor que a metade do aumento da inflação.
“Passe livre” – quem paga ?
A Erundina tentou pagar o “passe livre” com o aumento do IPTU e quase cai.
A Prefeitura tem que ter – se o Estado não tem – uma política de transporte.
E essa política tem que ser discutida com os movimentos sociais.
As autoridades demoraram a reagir.
A Polícia começou a bater.
E se criou um caldo de cultura que contém segmentos variados.
Tem de tudo.
E é assim mesmo: a sociedade é assim, variada…
É preciso denunciar a violência social, como fizeram vários manifestos.
E é preciso dialogar, mesmo que seja para dizer não e ouvir desaforo.
Atinge a Dilma ?
Não.
Atinge a Dilma ?
Não.
Nem as vaias.
Isso é do jogo.
Atinge o Haddad e, é claro, o Alckmin, que só agora se dispõe a retirar a bala de borracha do “arsenal de combate”.
Há segmentos que estão insatisfeitos.
Com razão.
O Governo Federal não pode ficar trancado em casa.
A reagir à insatisfação com providências que se tornam rotina, iguais, de interlocutores com lugar – e papel – marcado.
A Dilma tem que disputar.
Ir para a arena do debate.
Disputar no plano das ideias, da política – isso ela pode e deve.
O país dos tucanos interditou o debate.
Só se falava de bancos e da globalização.
O Lula destampou o Brasil ao rasgar a cartilha neolibelês.
Emergiu tudo: os negros, os quilombolas, os catadores de papel, os homossexuais.
E o povo quer mais.
O Governo tem estar disposto a dialogar sobre hoje e o futuro.
A questão urbana deve estar no centro dessa agenda.
A questão da Violência, pelo amor de Deus !
Isso é central !
E o Ministro da Justiça do Governo do PT não combate.
Os programas que ele lançou são enfeite, de “griffe”.
A questão da insegurança não é só do Alckmin.
Se a Dilma não fizer nada, com esse ministro invisível, a Insegurança desaba no colo dela, ano que vem.
O PAC basta para combater a violência.
A verdadeira e as dos programas vespertinos da televisão aberta, essa que explora o espectro magnético.
Isso é do jogo.
Atinge o Haddad e, é claro, o Alckmin, que só agora se dispõe a retirar a bala de borracha do “arsenal de combate”.
Há segmentos que estão insatisfeitos.
Com razão.
O Governo Federal não pode ficar trancado em casa.
A reagir à insatisfação com providências que se tornam rotina, iguais, de interlocutores com lugar – e papel – marcado.
A Dilma tem que disputar.
Ir para a arena do debate.
Disputar no plano das ideias, da política – isso ela pode e deve.
O país dos tucanos interditou o debate.
Só se falava de bancos e da globalização.
O Lula destampou o Brasil ao rasgar a cartilha neolibelês.
Emergiu tudo: os negros, os quilombolas, os catadores de papel, os homossexuais.
E o povo quer mais.
O Governo tem estar disposto a dialogar sobre hoje e o futuro.
A questão urbana deve estar no centro dessa agenda.
A questão da Violência, pelo amor de Deus !
Isso é central !
E o Ministro da Justiça do Governo do PT não combate.
Os programas que ele lançou são enfeite, de “griffe”.
A questão da insegurança não é só do Alckmin.
Se a Dilma não fizer nada, com esse ministro invisível, a Insegurança desaba no colo dela, ano que vem.
O PAC basta para combater a violência.
A verdadeira e as dos programas vespertinos da televisão aberta, essa que explora o espectro magnético.
Paulo Henrique, pelo sábio interlocutor.
sábado, 15 de junho de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Os protestos e a falência moral do Brasil
![]() |
Rodrigo Paiva |
O Brasil, ou melhor, sua classe política, mídia e polícia, está moralmente falido. Talvez seja redundância fazer tal crítica a este País, em que corrupção, violações aos direitos humanos e jeitinhos são regra, mas as palavras (ditas e não ditas) sobre as manifestações contra o aumento das tarifas de transporte público revelam que a falência moral chegou a um nível mais profundo.
Após três dias de protestos, convocados pelo Movimento Passe Livre (MPL) e marcados por condenáveis e lamentáveis vandalismos, estava claro que o clima em muitas cidades, em especial em São Paulo, era de enorme tensão. Mesmo assim, não faltaram palavras e atos para incitar a violência e desprezar a moderação.
Na quarta-feira 12, o Ministério Público de São Paulo tentou intermediar um diálogo. Conseguiu do MPL o compromisso de cancelar os protestos em troca da suspensão do aumento por 45 dias. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ignoraram a promotoria. Ao rejeitar o diálogo, os dois, Alckmin e Haddad, PT e PSDB, referendaram a repressão policial contra os manifestantes. Governador e prefeito devem ter feito felizes os defensores de mais repressão contra os “baderneiros”, “arruaceiros” e “terroristas” .
Na mesma toada seguiu o governador do Rio de Janeiro. Nesta quinta, Sergio Cabral (PMDB) tentou deslegitimar os protestos, ao captar um "ar político" e não “espontâneo” nos protestos. Segundo ele, os “baderneiros” não estavam ali para defender interesses públicos, mas sim para gerar um clima de confusão.
A postura de Haddad, Alckmin e Cabral conta não apenas com a anuência, mas com o apoio do governo federal. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), pediu na quarta-feira 12 à Polícia Federal o acompanhamento dos protestos e, nesta quinta, deu a entender que tropas federais estavam à disposição. “O governo federal está à disposição do governo de São Paulo e de qualquer outro estado em que isso aconteça para apoiar naquilo que for solicitado”.
Na rejeição à moderação e na tentativa de deslegitimar os protestos, tucanos e petistas contaram com aliados em outras frentes. Em editoriais publicados nesta quinta-feira, os jornaisFolha de S.Paulo e Estado de S.Paulo clamaram por repressão policial. “É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na avenida Paulista, em cujas imediações estão sete grandes hospitais”, afirmou a Folha. O Estadão, segundo quem “chegou a hora do basta”, foi além. “Espera-se que [Alckmin] passe dessas palavras aos atos e determine que a PM aja com o máximo rigor para conter a fúria dos manifestantes, antes que ela tome conta da cidade”.
O PT, aquele partido que um dia defendeu direitos inalienáveis e hoje larga a comissão de Direitos Humanos da Câmara na mão de um fundamentalista religioso, contou com alguns de seus cegos fieis para deslegitimar os protestos. Numa orgia de contradições e absurdos, blogueiros ditos “progressistas” viram nas manifestações um complô contra o PT e criticaram veemente até o direito a protestar.
Devidamente insuflada e autorizada a agir, a Polícia Militar, esta excrescência do autoritarismo, fez o de sempre. Agiu de forma brutal e descontrolada, violando princípios básicos de convivência e democracia. A Tropa de Choque da PM começou a violência no centro de São Paulo, nesta quinta-feira. Na rua Augusta, um policial da Rota atirou covardemente contra um grupo de pessoas. Eram jornalistas da Folha de S.Paulo. Dois deles foram feridos no olho, uma delas gravemente. Sérgio Silva, fotógrafo da agênciaFutura Press, corre o risco de perder a visão de um olho após ser atingido também pela PM. Vídeos mostraram outros ataques absurdos a jornalistas e a cidadãos que pediam "não à violência". O repórter Piero Locatelli, de CartaCapital, foi detido de forma arbitrária, enquanto fazia a cobertura dos protestos. O número de manifestantes que foram feridos e detidos pelas forças de segurança talvez sejam incontáveis.
Diante da crise de representatividade, escancarada pelo fosso existente entre o poder público e a população, há cada vez menos formas legítimas de as populações manifestarem suas indignações contra lobbys, bancadas parlamentares temáticas e autoritarismo de gente eleita. Na Europa e nos EUA, por meio do movimento Occupy, este fosso fora revelado. Este início de junho, surgiu também na Turquia. Como em Istambul, o estopim era uma questão banal. Lá, foi a destruição de uma área verde. Aqui, o preço da passagem de ônibus.
Em meio à crise e à tensão, sobraram vozes para insuflar a violência e sufocar o debate sobre os problemas do transporte. Talvez não haja retrato mais simbólico do caráter de um país
Diante da crise de representatividade, escancarada pelo fosso existente entre o poder público e a população, há cada vez menos formas legítimas de as populações manifestarem suas indignações contra lobbys, bancadas parlamentares temáticas e autoritarismo de gente eleita. Na Europa e nos EUA, por meio do movimento Occupy, este fosso fora revelado. Este início de junho, surgiu também na Turquia. Como em Istambul, o estopim era uma questão banal. Lá, foi a destruição de uma área verde. Aqui, o preço da passagem de ônibus.
Em meio à crise e à tensão, sobraram vozes para insuflar a violência e sufocar o debate sobre os problemas do transporte. Talvez não haja retrato mais simbólico do caráter de um país
Bloco de oposição da ALMG reage à decisão que proíbe manifestações
A determinação resulta de uma ação do governo contra o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), que planejavam protestos durante os dias de jogos em Belo Horizonte. Em caso de descumprimento, os sindicatos estarão sujeitos a multa diária de R$ 500 mil.
Além dos deputados Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT), que integram o Bloco Minas sem Censura na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), estarão presentes ainda representantes das entidades sindicais.
Segundo o presidente do Sindpol, Denílson Martins, o governo comprou uma briga forte contra os trabalhadores. "Isso não é um choque de gestão. É na verdade um choque de truculência. Mas não vai ficar barato", garantiu. Além dos deputados, o representante dos policiais afirmou que já acionou também o Ministério Público Estadual.
domingo, 7 de abril de 2013
Aécio 'esquece' de trabalhar e agora só faz campanha
Faltando mais de um ano para a eleição presidencial, o tucano mineiro já abandonou o Senado – e seus eleitores –para fazer corpo a corpo pré-eleitoral
Aécio Neves (PSDB-MG) foi eleito para trabalhar por Minas Gerais no Senado. É essa a obrigação de um senador. Entretanto, em plena quinta-feira (4), às 10h30, ele faltava ao trabalho em Brasília para fazer pré-campanha. E não era sequer em seu estado, mas em outro reduto eleitoral.
Aécio Neves (PSDB-MG) foi eleito para trabalhar por Minas Gerais no Senado. É essa a obrigação de um senador. Entretanto, em plena quinta-feira (4), às 10h30, ele faltava ao trabalho em Brasília para fazer pré-campanha. E não era sequer em seu estado, mas em outro reduto eleitoral.
O senador estava em Santos, litoral paulista, no palanque do governador Geraldo Alckmin, num encontro de prefeito paulistas, que nada têm a ver com Minas. Faltando mais de um ano para a eleição presidencial, Aécio abandonou o trabalho para fazer corpo a corpo pré-eleitoral.
Como senador, Aécio ganha o salário de R$ 26,7 mil mensais – o equivalente a mais de 42 salários mínimos – mais benefícios, como auxílio moradia de 3,8 mil reais mensais, auxilio médico sem limite de valor anual e auxílio psicológico e odontológico de até 25,9 mil reais anuais. Tem ainda a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores (Ceaps), no valor de R$ 15 mil mensais, mais cinco passagens aéreas de ida e volta da capital do estado de origem, porém ele tem usado a maior parte da verba para ir ao Rio de Janeiro tratar da vida particular. Sempre lembrando: tudo pago pelo contribuinte, que o elegeu para ter um representante dentro do senado.
Apesar de toda essa vantagem apenas para cumprir o dever de trabalhar, o senador tucano cada vez menos é visto em seu gabinete no Congresso, onde deveria dar expediente ao menos de terça a quinta-feira.
Pode não ser ilegal, dada a tolerância no meios políticos, mas é imoral. E Aécio não tem qualquer pudor em passar dias úteis inteiros na rua em campanha eleitoral antecipada, enquanto seus eleitores ficam sem representatividade no Senado.
Se o senador não quer trabalhar, então seria o caso de renunciar ao cargo. Assim ficaria livre para competir com a agenda de José Serra (PSDB-SP), que encontra-se ocioso, sem cargo, e tem todo o tempo do mundo para fazer pré-campanha.
Aliás, desde que tomou posse, Aécio demonstra desconforto no Senado. Acostumado a ser bajulado e protegido de críticas em Minas, decepcionou no cenário político nacional. Apesar dos esforços das assessorias de impressa e dos correligionários, seus discursos e desempenho como parlamentar têm sido medíocres. Nos bastidores é considerado fraco pelos próprios colegas de oposição.
História torturada
No referido palanque, em Santos, Aécio cometeu um ato falho em seu discurso chamando o golpe de estado de março de 1964 de "revolução".
O termo costuma ser usado pelos golpistas, de forma a usurpar e torturar a história do Brasil. Revolução não é feita por banqueiros e grandes empresários reacionários para manterem seu status e privilégios, junto com uma potência imperialista. E muito menos para esmagar as transformações populares e progressistas que estavam em pauta. Revolução é o contrário disso.
O ato falho do senador tucano pode ser explicado, talvez, pelo berço. O avô Tancredo Neves não foi sua única influência política. Seu pai Aécio Cunha, foi deputado da Arena, fiel escudeira da ditadura, do início ao fim do regime ditatorial. E encerrou a carreira partidária no PFL.
Como senador, Aécio ganha o salário de R$ 26,7 mil mensais – o equivalente a mais de 42 salários mínimos – mais benefícios, como auxílio moradia de 3,8 mil reais mensais, auxilio médico sem limite de valor anual e auxílio psicológico e odontológico de até 25,9 mil reais anuais. Tem ainda a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar dos Senadores (Ceaps), no valor de R$ 15 mil mensais, mais cinco passagens aéreas de ida e volta da capital do estado de origem, porém ele tem usado a maior parte da verba para ir ao Rio de Janeiro tratar da vida particular. Sempre lembrando: tudo pago pelo contribuinte, que o elegeu para ter um representante dentro do senado.
Apesar de toda essa vantagem apenas para cumprir o dever de trabalhar, o senador tucano cada vez menos é visto em seu gabinete no Congresso, onde deveria dar expediente ao menos de terça a quinta-feira.
Pode não ser ilegal, dada a tolerância no meios políticos, mas é imoral. E Aécio não tem qualquer pudor em passar dias úteis inteiros na rua em campanha eleitoral antecipada, enquanto seus eleitores ficam sem representatividade no Senado.
Se o senador não quer trabalhar, então seria o caso de renunciar ao cargo. Assim ficaria livre para competir com a agenda de José Serra (PSDB-SP), que encontra-se ocioso, sem cargo, e tem todo o tempo do mundo para fazer pré-campanha.
Aliás, desde que tomou posse, Aécio demonstra desconforto no Senado. Acostumado a ser bajulado e protegido de críticas em Minas, decepcionou no cenário político nacional. Apesar dos esforços das assessorias de impressa e dos correligionários, seus discursos e desempenho como parlamentar têm sido medíocres. Nos bastidores é considerado fraco pelos próprios colegas de oposição.
História torturada
No referido palanque, em Santos, Aécio cometeu um ato falho em seu discurso chamando o golpe de estado de março de 1964 de "revolução".
O termo costuma ser usado pelos golpistas, de forma a usurpar e torturar a história do Brasil. Revolução não é feita por banqueiros e grandes empresários reacionários para manterem seu status e privilégios, junto com uma potência imperialista. E muito menos para esmagar as transformações populares e progressistas que estavam em pauta. Revolução é o contrário disso.
O ato falho do senador tucano pode ser explicado, talvez, pelo berço. O avô Tancredo Neves não foi sua única influência política. Seu pai Aécio Cunha, foi deputado da Arena, fiel escudeira da ditadura, do início ao fim do regime ditatorial. E encerrou a carreira partidária no PFL.
terça-feira, 2 de abril de 2013
HOMOSSEXUALIDADE
DR. DRAUZIO VARELLA - HOMOSSEXUALIDADE
A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.
A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.
Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência à existência de mulheres e homens homossexuais. Apesar dessa constatação, ainda hoje esse tipo de comportamento é chamado de antinatural.
Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (ou Deus) criou órgãos sexuais para que os seres humanos procriassem; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).
Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?
Se a homossexualidade fosse apenas perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de espécies de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.
Em virtualmente todas as espécies de pássaros, em alguma fase da vida, ocorrem interações homossexuais que envolvem contato genital, que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.
Comportamento homossexual envolvendo fêmeas e machos foi documentado em pelo menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.
Relacionamento homossexual entre primatas não humanos está fartamente documentado na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no Journal of Animal Behaviour um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.
Masturbação mútua e penetração anal fazem parte do repertório sexual de todos os primatas não humanos já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.
Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas.
Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela simples existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por capricho individual. Quer dizer, num belo dia pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas como sou sem vergonha prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.
Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.
A sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.
Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo.
Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais na vizinhança, que procurem dentro das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal costumam aceitar a alheia com respeito e naturalidade.
Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.
Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser fascistas a ponto de pretender impor sua vontade aos que não pensam como eles.
Afinal, caro leitor, a menos que seus dias sejam atormentados por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu trinta anos?
Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?
Se a homossexualidade fosse apenas perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de espécies de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.
Em virtualmente todas as espécies de pássaros, em alguma fase da vida, ocorrem interações homossexuais que envolvem contato genital, que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.
Comportamento homossexual envolvendo fêmeas e machos foi documentado em pelo menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.
Relacionamento homossexual entre primatas não humanos está fartamente documentado na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no Journal of Animal Behaviour um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.
Masturbação mútua e penetração anal fazem parte do repertório sexual de todos os primatas não humanos já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.
Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas.
Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela simples existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por capricho individual. Quer dizer, num belo dia pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas como sou sem vergonha prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.
Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.
A sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.
Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo.
Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais na vizinhança, que procurem dentro das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal costumam aceitar a alheia com respeito e naturalidade.
Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.
Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser fascistas a ponto de pretender impor sua vontade aos que não pensam como eles.
Afinal, caro leitor, a menos que seus dias sejam atormentados por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu trinta anos?
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
GLOBO É ACUSADA DE CRIME ELEITORAL POR EDIÇÃO TENDENCIOSA DO JN
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FOLHA DE SÃO PAULO
24 de outubro de 2012
‘JN’ dedica quase 20 minutos a balanço do julgamento
DE SÃO PAULO
O “Jornal Nacional” da TV Globo, programa jornalístico mais assistido da televisão brasileira, dedicou ontem 18 dos 32 minutos de sua edição a um balanço do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
O telejornal exibiu oito reportagens sobre o tema, contemplando desde o que chamou de “frases memoráveis” proferidas no plenário do STF às rusgas entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandovsky, respectivamente relator e revisor do processo na corte.
O segmento mais “quente” do telejornal, dedicado às notícias do dia (debate do tamanho das penas e a decisão de absolver réus de acusações em que houve empate no colegiado) consumiu 3min12s.
O restante foi ocupado pelo resumo das 40 sessões de julgamento.
—–
Há, ainda, um agravante. O assunto foi ao ar no JN imediatamente após o fim do horário eleitoral, que, em São Paulo, foi encerrado com o programa de Fernando Haddad. E tem sido assim desde que começou o segundo turno – o noticiário do mensalão é apresentado pelo telejornal sempre “colado” ao fim do horário eleitoral.
O objetivo de interferir no pleito do próximo domingo em prejuízo do Partido dos Trabalhadores e dos outros partidos aliados que figuram na Ação Penal 470, vem sendo escancarado. Ontem, porém, essa prática ilegal chegou ao ápice.
A ilegalidade é absolutamente clara. Para comprovar, basta a simples leitura da Lei 9.504/97, a chamada Lei Geral das Eleições, que, em seu artigo 45, caput, reza que:
Caput – A partir de 1o de julho, ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário, conforme incisos:
III – Veicular propaganda política, ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus orgãos ou representantes;
IV – Dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
V – É vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário, veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente (…)
Apesar de a Globo poder alegar que estava apenas reproduzindo um fato do Poder Judiciário, a intenção de usar as reiteradas menções dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao Partido dos Trabalhadores é escancarada ao ponto de ter virado notícia de um jornal absolutamente insuspeito de ser partidário desse partido.
Conforme reza a lei, é vedada prática da qual o JN abusou, ou seja, fazer “Alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente”. Ora, de dissimulado não houve nada. O PT foi citado reiteradamente pela edição do JN de forma insistente e por espaço de tempo jamais visto em uma só reportagem.
A Lei Eleitoral recebe interpretação pela Justiça Eleitoral, ou seja, ela julga exatamente as nuances das propagandas, dos programas em veículos eletrônicos e até mesmo na imprensa escrita e na internet.
O uso de uma concessão pública de televisão com fins político-eleitorais também viola a Lei das Concessões, cujo guardião é o Ministério das Comunicações.
Diante desses fatos, comunico que a ONG Movimento dos Sem Mídia, da qual este blogueiro é presidente, apresentará, nos próximos dias, representações à Procuradoria Geral Eleitoral e ao Ministério das Comunicações contra a TV Globo por violação da Lei Eleitoral, com tentativa de influir em eleições de todo país.
Detalhe: será pedido ao Minicom a cassação da concessão da Rede Globo por cometer crime eleitoral
Por certo não haverá tempo suficiente de fazer a representação ser apreciada por essas instâncias antes do pleito, mas isso não elidirá a denunciação desse claro abuso de poder econômico com vistas influir no processo eleitoral. Peço, portanto, o apoio de tantos quantos entenderem que tal crime não pode ficar
O uso de uma concessão pública de televisão com fins político-eleitorais também viola a Lei das Concessões, cujo guardião é o Ministério das Comunicações.
Diante desses fatos, comunico que a ONG Movimento dos Sem Mídia, da qual este blogueiro é presidente, apresentará, nos próximos dias, representações à Procuradoria Geral Eleitoral e ao Ministério das Comunicações contra a TV Globo por violação da Lei Eleitoral, com tentativa de influir em eleições de todo país.
Detalhe: será pedido ao Minicom a cassação da concessão da Rede Globo por cometer crime eleitoral
Por certo não haverá tempo suficiente de fazer a representação ser apreciada por essas instâncias antes do pleito, mas isso não elidirá a denunciação desse claro abuso de poder econômico com vistas influir no processo eleitoral. Peço, portanto, o apoio de tantos quantos entenderem que tal crime não pode ficar
impune.
Blog da Cidadania
sábado, 6 de outubro de 2012
O PT em Patos de Minas
Sempre me questionei,por que o Partido dos Trabalhadores PT, tão forte no âmbito nacional não consegui adentrar na sociedade patense? É nítido que o conservadorismo se faz presente numa cidade com quase 140 mil habitantes, mas não seja por isso é uma cidade polo.Sempre dominada por duas forças politicas arquirrivais: Arlindo Porto Neto presidente da CEMIG versus Elmiro Nascimento secretário de Agricultura do governo mineiro.Essa politica dos coronéis, ainda é viva nesta cidade e nas eleições 2012, falta opção.
As palavras de um dos fundadores do PT em Patos de Minas,e vereador sobre o PT em Patos.
As palavras de um dos fundadores do PT em Patos de Minas,e vereador sobre o PT em Patos.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Gilmar Machado PT lidera em todos segmentos, diz Ibope
O perfil dos eleitores de cada candidato foi demonstrado pela pesquisa estimulada do Ibope CORREIO de Uberlândia/TV Integração. Gilmar Machado (PT) tem mais inserção no eleitorado feminino (56%), com idade entre 25 e 29 anos (57%), com ensino médio (59%) e com renda mensal entre dois e cinco salários mínimos (58%). Na comparação com a pesquisa anterior do Ibope, houve alteração no quesito “gênero”, já que havia mais potenciais eleitores homens do que mulheres para o concorrente do PT no cenário revelado em agosto.
Há um equilíbrio entre os propensos eleitores de Luiz Humberto Carneiro (PSDB) no item “gênero”. São 25% de mulheres e índice idêntico para homens, eleitorado no qual o candidato teve crescimento de 8 pontos percentuais. O candidato tem mais ascendência sobre o eleitorado com idade entre 30 e 39 anos (28%), com ensino superior (36%) e com renda acima de cinco salários mínimos (34%). Na pesquisa anterior, Luiz Humberto Carneiro tinha maior inserção entre mulheres, na faixa dos 16 aos 24 anos, e com escolaridade da 5ª à 8ª série. Houve incremento na participação do concorrente do PSDB na faixa de renda superior a cinco salários mínimos, passando de 28% para 34%.
Gilberto Cunha (PSTU) tem participação semelhante entre homens e mulheres (3%), com índice idêntico de 4% para as faixas etárias dos 16 anos aos 24 anos, dos 25 aos 29 anos e dos 40 aos 49 anos e presença idêntica na faixa de renda de até dois salários mínimos e de dois a cinco salários mínimos (4%). Na pesquisa anterior, Gilberto Cunha tinha mais preponderância na faixa de renda com mais de cinco salários mínimos.
Falha a estratégia de Aécio para barrar o PT nas maiores cidades
Eis que na reta final de campanha, os petistas cresceram e garantiram vitória antecipada em Uberlândia, Ipatinga e, provavelmente, Governador Valadares. Para os segundo turno, a sigla já está praticamente garantida na disputa de Juiz de Fora, Montes Claros e Contagem.
Apenas em Uberaba, onde o pleito será em dois turnos pela primeira vez, o PT não consegue emplacar. Lá, quem liderava a pesquisa, na semana passada, era o deputado federal do PMDB, Paulo Piau, seguido pelo deputado estadual Lerin, do PSB, o mesmo partido de Marcio Lacerda.
A última pesquisa realizada em Juiz de Fora mostrava o quadro definido, garantindo a primeira posição para a petista e ex-reitora Margarida Salomão, seguida do deputado do PMDB, Bruno Siqueira. Por sua vez, o prefeito Custódio Mattos, do PSDB, prometeu a seus parceiros da Cidade Administrativa que iria reverter sua colocação, passando para o segundo lugar nesta reta final da disputa.
A surpresa para quem conhece a política mineira foi o crescimento do representante do PT de Montes Claros. O deputado Paulo Guedes, de acordo com as últimas sondagens, aumentou em quase 100% a sua preferência eleitoral, podendo até mesmo ser o primeiro da lista no segundo turno. Com isto, Jairo Ataide, Humberto Souto e Ruy Muniz disputam cabeça a cabeça para saber quem vai para a segunda etapa.
Em Contagem, o segundo colégio eleitoral de Minas, o representante do PT, Durval Ângelo, apoiado pela prefeita Marília Campos, está conquistando o apoio junto ao povão. Ele, pelos dados da semana passada, caminha a passos largos para se igualar a Ademir Lucas, do PSDB, na hora de concluir a eleição no final de outubro. O candidato do PCdoB, Carlin Moura, teria perdido força nesta reta final.
Faltou estrutura
Os deputados da base aliada do governo mineiro reclamam da falta de estrutura para realizar bons trabalhos como de seus adversários. Muitos parlamentares dizem que o senador Aécio Neves se viu obrigado a concentrar suas atenções na candidatura de Marcio Lacerda, em BH, deixando para discutir os temas regionais somente agora na reta final.
A consequência desta atitude tucana é que, a partir do dia 7 de outubro, vão precisar de muito esforço para reverter ao menos em parte a tendência petista de continuar dando as cartas nos grandes municípios mineiros. Vale dizer: vão precisar trabalhar dobrado nas cidades onde o pleito acontecerá em dois turnos, para poder comemorar alguma vitória.
sábado, 15 de setembro de 2012
Ou o PT acaba com a Veja ou a Veja acabará com o PT
Mais um factóide de Veja
sábado, 30 de junho de 2012
PT de Belo Horizonte rompe com PSB e lança candidatura própria
O PT de Belo Horizonte acaba de romper a aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB). Por 11 votos a 4, a legenda decidiu lançar candidatura própria. O vice-prefeito Roberto Carvalho irá encabeçar a chapa que irá concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte. Agora, resta escolher que será o vice.
A direção nacional do PT ainda pode reverter o quadro. "Se a direção nacional e o Lula quiserem, eles podem mudar isso", afirmou o ex-deputado Virgílio Guimarães. Na sede municipal do PT, apenas a ala do vice-prefeito está presente. "Quem rompeu foi o PSB", acusou Carvalho. A medida foi tomada após o secretário de Finanças do PSB, Pier Senese, entregar aos petistas uma carta em que comunica ã decisão da legenda de não se coligar com o PT na chapa para vereadores.
Nos bastidores, o senador Aécio Neves (PSDB) teria dito aos socialistas que romperia com Lacerda se o PSB formasse coligação proporcional com o PT. E também teria pedido a presidentes de pelo menos nove partidos que deixassem o prefeito caso não cumprisse as exigências dos tucanos.
Carvalho informou que não irá entregar os cargos que os petistas possuem na administração de Lacerda. "Fomos eleitos com ele", disse. Agora, o PT negocia com o PR uma composição para a chapa majoritária.
Hoje em dia
A direção nacional do PT ainda pode reverter o quadro. "Se a direção nacional e o Lula quiserem, eles podem mudar isso", afirmou o ex-deputado Virgílio Guimarães. Na sede municipal do PT, apenas a ala do vice-prefeito está presente. "Quem rompeu foi o PSB", acusou Carvalho. A medida foi tomada após o secretário de Finanças do PSB, Pier Senese, entregar aos petistas uma carta em que comunica ã decisão da legenda de não se coligar com o PT na chapa para vereadores.
Nos bastidores, o senador Aécio Neves (PSDB) teria dito aos socialistas que romperia com Lacerda se o PSB formasse coligação proporcional com o PT. E também teria pedido a presidentes de pelo menos nove partidos que deixassem o prefeito caso não cumprisse as exigências dos tucanos.
Carvalho informou que não irá entregar os cargos que os petistas possuem na administração de Lacerda. "Fomos eleitos com ele", disse. Agora, o PT negocia com o PR uma composição para a chapa majoritária.
Hoje em dia
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Paraguai sai e Venezuela entra
Por Altamiro Borges
O golpe relâmpago no Paraguai já produziu os seus primeiros efeitos no bloco de integração regional da América do Sul. A reunião do Mercosul em Mendoza, na Argentina, encerrada hoje à tarde, decidiu suspender o Paraguai até as novas eleições presidenciais no país e, ao mesmo tempo, aprovou a incorporação da Venezuela como “membro de pleno direito” a partir de 31 de julho.
As decisões foram anunciadas pela presidenta Cristina Kirchner, anfitriã da cúpula. “O Mercosul suspende temporariamente o Paraguai até que se leve a cabo o processo democrático que novamente instale a soberania popular no país”. Ela também confirmou a incorporação da Venezuela, há muito solicitada, mas que era barrada pelo mesmo Senado golpista do Paraguai.
Medida branda contra os golpistas
O golpe no Paraguai foi o principal ponto de pauta da reunião em Mendoza. Já na abertura da cúpula, a presidenta argentina foi dura na condenação aos golpistas. “Houve uma ruptura da ordem democrática na República do Paraguai... Parece uma paródia de julgamento o que aconteceu contra Lugo, porque não há no mundo um julgamento político sem a possibilidade de defesa”.
Havia expectativa de que o Mercosul fosse além da simples suspensão política do governo golpista. Alguns chanceleres defendiam a aplicação de sanções econômicas, como o bloqueio comercial e o cancelamento de empréstimos. No final, vingou a tese de que tais medidas penalizariam o povo paraguaio e representariam uma ingerência indevida nos assuntos internos do país vizinho.
Lugo rejeitou as sanções econômicas
Lugo rejeitou as sanções econômicas
O próprio presidente deposto, Fernando Lugo, declarou-se contrário à proposta de sanções econômicas. Ele lembrou que o país tem alta dependência econômica do bloco. Brasil, Argentina e Uruguai absorvem 55% das exportações do Paraguai. Para ele, qualquer medida econômica, como a suspensão dos vários acordos de cooperação e financiamento, atingiria duramente o sofrido povo paraguaio.
Essa é a primeira vez desde a formação do Mercosul, de 1991, que um dos países membros é proibido de participar da reunião e é suspenso do bloco. A medida é baseada num protocolo assinado no final dos anos 1990. Na época, a cláusula democrática do chamado documento de Ushuaia foi feita a pedido do próprio Paraguai após o país viver uma grave crise institucional.
Golpistas e mídia sentem o baque
O governo golpista de Federico Franco já sentiu o baque. O Ministério de Relações Exteriores do Paraguai divulgou nota criticando a suspensão. No maior cinismo, alegou que o país não teve direito de defesa e que a decisão foi sumária – os mesmos argumentos usados pelos que condenam os métodos fascistóides dos golpistas. A mídia colonizada também chiou contra a tímida medida.
Em editorial, o jornal Estadão esbravejou que “o Mercosul será um bloco muito menos comprometido com a democracia se os presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai decidirem afastar o Paraguai, temporária ou definitivamente, e abrirem caminho para o ingresso da Venezuela, país comandado pelo mais autoritário dos governantes sul-americanos, o presidente Hugo Chávez”.
Na avaliação deste jornal tão servil ao império, afastado o Paraguai, “o Mercosul será governado pelo eixo Buenos Aires-Caracas. Quaisquer compromissos com a democracia serão abandonados e as esperanças de uma gestão racional do bloco serão enterradas”. Os golpistas do Paraguai e a mídia colonizada não toleram o Mercosul, nem com sua branda resolução de Mendoza. Eles preferiam que a região fosse anexada de vez aos EUA, através da neocolonial Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Essa é a primeira vez desde a formação do Mercosul, de 1991, que um dos países membros é proibido de participar da reunião e é suspenso do bloco. A medida é baseada num protocolo assinado no final dos anos 1990. Na época, a cláusula democrática do chamado documento de Ushuaia foi feita a pedido do próprio Paraguai após o país viver uma grave crise institucional.
Golpistas e mídia sentem o baque
O governo golpista de Federico Franco já sentiu o baque. O Ministério de Relações Exteriores do Paraguai divulgou nota criticando a suspensão. No maior cinismo, alegou que o país não teve direito de defesa e que a decisão foi sumária – os mesmos argumentos usados pelos que condenam os métodos fascistóides dos golpistas. A mídia colonizada também chiou contra a tímida medida.
Em editorial, o jornal Estadão esbravejou que “o Mercosul será um bloco muito menos comprometido com a democracia se os presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai decidirem afastar o Paraguai, temporária ou definitivamente, e abrirem caminho para o ingresso da Venezuela, país comandado pelo mais autoritário dos governantes sul-americanos, o presidente Hugo Chávez”.
Na avaliação deste jornal tão servil ao império, afastado o Paraguai, “o Mercosul será governado pelo eixo Buenos Aires-Caracas. Quaisquer compromissos com a democracia serão abandonados e as esperanças de uma gestão racional do bloco serão enterradas”. Os golpistas do Paraguai e a mídia colonizada não toleram o Mercosul, nem com sua branda resolução de Mendoza. Eles preferiam que a região fosse anexada de vez aos EUA, através da neocolonial Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
sábado, 23 de junho de 2012
Dilma deve romper com os golpistas
Por Altamiro Borges
A presidenta Dilma Rousseff, que foi presa e barbaramente torturada, parece indignada com a arbitrária destituição do presidente Fernando Lugo. No encerramento da Rio+20, na tarde de hoje (22), ela deixou explicito a sua revolta. Numa rápida entrevista, Dilma sinalizou que os golpistas do Paraguai poderão sofrer sanções das nações sul-americanas. “Disso [o golpe] sai uma consequência”.
“Nós passamos por um processo muito doloroso de golpe e passamos por um processo de retomada da democracia. Dar valor a ela [a democracia] é algo muito importante”, disse a presidenta. Questionada sobre a possibilidade do Brasil, junto com os demais países membros da Unasul e do Mercosul, romper relações com o governo golpista do país vizinho, ela não descartou a hipótese: “Posso dizer o que está previsto no protocolo, que é a não participação nos órgãos multilaterais”.
Excitação da direita sul-americana
Há consenso no Itamaraty que o Paraguai foi vítima de um golpe. A diplomacia brasileira critica o processo de condenação sumária, em poucas horas e sem o legítimo direito de defesa, de Fernando Lugo. A mesma opinião é compartilhada pela maioria dos governantes da América do Sul – com exceção do neofascista Sebástian Piñera, do Chile. A Unasul inclusive divulgou uma nota oficial condenando o golpe e prevendo possíveis retaliações aos golpistas.
O golpe no Paraguai abre um perigoso precedente na América do Sul, como já alertou o presidente Rafael Correa, do Equador. A direita sul-americana – que expressa os interesses dos ricaços do campo e da cidade e também do império estadunidense, e utiliza a mídia corporativa para difundir suas mentiras – está excitada com o aparente êxito dos golpistas.
É preciso dar um breque nesta perigosa iniciativa. A presidente Dilma Rousseff, pelo papel estratégico que o Brasil desempenha na região, deve mesmo “tirar as consequências” deste repugnante golpe. Com base nos protocolos da Unasul e do Mercosul, tendo como objetivo a defesa da democracia e da integração regional, o governo brasileiro deveria, de fato, propor o rompimento com os golpistas do Paraguai. Esta é a única linguagem que as elites reacionárias entendem!
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