terça-feira, 8 de novembro de 2011

O desgoverno em Minas Gerais (aécio/anastasia) é cada vez mais alarmante



Depois de prometerem mundos e fundos durante a campanha eleitoral de 2010 (inclusive o prêmio por produtividade, que o funcionalismo público mineiro não sentiu nem o cheiro até hoje) e obterem sucesso nas urnas, a dupla Aécio/Anastasia coleciona uma série de descasos com a população mineira e, em especial, com os servidores públicos e suas famílias.


Desde o não cumprimento de uma lei federal para a valorização da educação pública, o que levou os professores do estado a uma das mais longas greves da história de Minas Gerais, passando pelos gastos insuficientes com a saúde pública, o que desrespeita a Constituição Brasileira, até a vexatória participação de Aécio Neves no senado, que atua mais como um representante do estado do Rio de Janeiro do que de Minas Gerais, os mineiros estão sendo obrigados a engolir a traição daqueles em quem eles confiaram seu voto por acreditarem nobombardeio de propagandas no rádio e na TV e por não contarem com uma imprensa isenta que noticiasse as mazelas do estado nos últimos anos.
Tudo isso sem contar a irresponsabilidade na gestão do dinheiro público dos mineiros, jogado ao vento com nomeações escandalosas para o Governo Anastasia, o que mostra a frequência com a qual este governo e o de Aécio Neves aparelha o Estado através do favorecimento dos militantes do PSDB e de seus apoiadores políticos (leia alguns destes casos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui eaqui).

O desgoverno em Minas Gerais é tão alarmante (embora os jornais do estado tentem colocar panos quentes omitindo e/ou deturpando informações) que durante a greve dos professores os deputados da Assembleia Legislativa de MG cogitaram pedir a intervenção política da Presidenta Dilma em nosso estado! Veja só a que ponto chegamos…

Esta intervenção política era só o que faltava mesmo, pois apesar do chamado “choque de gestão” que prometia colocar em ordem nossas finanças, Minas Gerais depende cada vez mais dos recursos enviados pelo Governo Federal. Até para pagar o salário dos professores do estado, o Governo Aécio/Anastasia vai ter que pedir dinheiro à Dilma, assim como fazem os estados mais ncessitados do país, que não contam com outros recursos. Não podemos achar normal queMinas Gerais tenha sido incluído entre os estados mais pobres do Brasil.

Fica a pergunta: onde foi parar o dinheiro dos mineiros? Onde foi parar a economia que disseram que fariam com o “choque de gestão”? Ninguém sabe, ninguém viu.

Enquanto isso, o funcionalismo público de Minas Gerais – sem o prêmio por produtividade, sem o piso salarial, com salários praticamente congelados - se vira como pode pedindo empréstimos a financeiras e se endividando porque o governo sob responsabilidade da dupla Aécio/Anastasia não cumpre a lei, muito menos as promessas, e não honra os acordos firmados no momento em que foram pressionados.

Exemplo disso é o lenga-lenga nas negociações com os professores. Para o mineiro desinformado pela imprensa do estado, se a greve acabou, a situação se resolveu. Mas não é nada disso. O estado de greve continua, pois o Governo Anastasia ainda está fora da lei.

Na última reunião com os professores, dia 31/10, o Governo Anastasia apresentou sua proposta para o pagamento do piso salarial, mas espertamente não se lembrou do compromisso que assumiu (e assinou!) no momento das negociações para o fim da greve: como a lei manda, o piso salarial deve ser aplicado na carreira e reconhecido para TODA a educação básica e não somente para o professor e o especialista.

Além disso, o Governo Anastasia não está honrando outros pontos do acordo feito para a suspensão da greve e a reposição das aulas, como a dispensa dos professores contratados para substituir os grevistas e a manutenção do salário pago no início de novembro. Diante disso, os professores não têm outra alternativa que não suspender a reposição das aulas perdidas durante a greve, mesmo sabendo que milhares de estudantes ficarão prejudicados.

A sociedade mineira precisa entender que não há amor à profissão que sobreviva se o estômago estiver vazio, as contas da casa atrasadas e a auto-estima jogada no chão pela humilhação de não ver seus direitos respeitados. Os mineiros com um mínimo de senso crítico e esclarecimento sobre as questões que afligem nosso estado precisam se juntar aos professores e aos outros servidores públicos para pressionar o Governo de Minas. Cada cidadão mineiro é responsável por este governo que está aí, desgovernando Minas Gerais.

Não é tão complicado compreender que as questões que afetam o funcionamento dos serviços públicos (educação, segurança, saúde, transporte e tantos outros) é um problema de toda a sociedade e não problemas pessoais de quem é servidor. Não adianta ficar reclamando do trânsito durante uma manifestação como se esse problema não fosse seu; não adianta menosprezar a figura do funcionário público porque a burocracia não funciona, como se você não tivesse responsabilidade nisso.

Dia 10/11/2011, quinta-feira, é dia de mobilização e paralização dos serviços públicos de MG. Um ato conjunto se realizará no pátio da Assembleia Legislativa. Esta será uma boa oportunidade para quem não consegue ver para além do seu mundinho quanta coisa está errada em MG.

Retirado do Blog http://historiaspraboiacordar.wordpress.com/2011/11/03/desgoverno-em-mg-e-cada-vez-mais-alarmante-aecioanastasia-nao-cumpre-a-lei-e-nao-honra-acordos-e-promessas-feitas-aos-mineiros/

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