terça-feira, 22 de novembro de 2011

Governador de Minas Gerais não tem palavra e não honra acordos com os professores

Deputados do Movimento Minas Sem Censura e a coordenadora do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, convocaram uma coletiva de imprensa para tratar do acordo descumprido pelo governador Anastasia.

Após 112 dias de greve na educação de Minas Gerais, a categoria firmou, no dia 27/09, um termo de compromisso validado pela assinatura do secretário de Governo Danilo de Castro e pela comissão que representa a educação (Beatriz Cerqueira, Marilda de Abreu, Feliciana Saldanha e Lecioni Pinto). Como testemunhas do acordo firmado, assinaram os deputados estaduais Rogério Correia, Luiz Humberto, Antônio Júlio, Pompílio Canavez, Carlin Moura, Bosco, entre outros.

Mesmo tendo assinado o documento, o governo resolveu não cumprir com o compromisso feito com o Sind-Ute e enviou, para tramitação na ALMG, um projeto absolutamente inaceitável.

De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Beatriz Cerqueira, o Estado trabalha com números absolutos e informações que não são reais. E ainda apresenta uma ideia de remuneração unificada, sendo que essa proposta nada acrescenta.

Como estratégia, neste momento, o governo prefere não citar a palavra subsídio para tentar trazer algo que é novo, o que não é verdade, pois o modelo é velho, aprovado desde 2010.

E como tentativa de golpe na educação, o Estado também cria uma tabela fictícia e coloca a categoria na tabela de vencimento básico para depois migrar para o subsídio. Tal procedimento é rejeitado pelos profissionais da educação. Em contrapartida, o Sind-Ute afirma que vai lutar para que o projeto não seja aprovado e para isso vai realizar mobilizações.

Durante a coletiva, o deputado Rogério Correia aproveitou para afirmar que o Estado possui plenas condições financeiras de realizar o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. Com relação à quebra de acordo por parte do governo, ele concluiu que “houve traição: “O governo traiu feio e essa assinatura deles vale menos que dois Reais”. Os membros do governo prestam mais vassalagem, ao invés de fazerem a devida fiscalização, dispara o líder do movimento Minas Sem Censura.

O deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) também demonstrou total insatisfação diante da postura do governador Anastasia: “Uma coisa é analisar a proposta e outra é a quebra da liturgia que o governo fez de maneira escandalosa. Ele descumpriu na forma e no conteúdo com o que ele se comprometeu a fazer. O compromisso do governo é apenas com a Minas da mídia.” disse.

Na oportunidade, Beatriz Cerqueira aproveitou para afirmar que, para os trabalhadores da educação de Minas Gerais, o sentimento é de tristeza devido à promessa não cumprida e pelas mentiras ditas pelo governo “nós não temos como competir com as campanhas publicitárias da Andréa Neves. É lamentável usar nosso dinheiro para anúncios mentirosos...”



Minas sem Censura 

Nenhum comentário:

Postar um comentário