quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PIMENTEL PROMETE AMPLIAR PARTICIPAÇÃO POPULAR EM Minas Gerais


Vamos aproximar do povo mineiro o governo sem criar novos cargos, sem aumentar a burocracia e dando espaço à sociedade civil em cada região
Nos últimos 12 anos, a propaganda do governo de Minas Gerais fez muita gente acreditar que hospitais superlotados, criminalidade em alta e educação de baixa qualidade eram problemas do resto do Brasil.
Nesse mundo virtual, as mineiras e os mineiros viviam em segurança, seus filhos tinham acesso à boa educação e a um atendimento médico de qualidade perto de casa. As empresas estavam sempre interessadas em investir nesse Estado pujante que se via na televisão.
Três meses de campanha foram suficientes para revelar o que o discurso oficial sempre escondeu. O Estado que historicamente esteve entre os três mais desenvolvidos do Brasil perdeu posições nos rankings internacionais de competitividade.
As empresas --e com elas o emprego e a renda-- estão, na verdade, sendo expulsos de Minas por uma das leis de ICMS mais anacrônicas e uma das tarifas de energia mais altas do país. Nossa economia ainda é extremamente dependente do minério de ferro e do café, tal como no século 19, enquanto o mundo já vive a economia do conhecimento.
Um mineiro é assassinado a cada duas horas no Estado, onde os homicídios cresceram 52% entre 2002 e 2012. Faltam hospitais regionais, escolas profissionalizantes, investimento em infraestrutura. Para tentar esconder essa realidade, os programas federais dos governos dos presidentes Lula e Dilma eram rebatizados e apresentados aos mineiros como iniciativa estadual.
Em 12 anos de um suposto "choque de gestão", a única realização do atual governo foi a Cidade Administrativa, um conjunto de três palácios construído ao custo de quase R$ 2 bilhões. É o símbolo de uma administração que se encastelou.
Esse afastamento aguçou nos cidadãos a vontade de serem ouvidos e de participarem das decisões de governo. Minas Gerais pede uma nova atitude: um governo participativo e regionalizado, que respeite as diferenças, o potencial e as necessidades das muitas Minas. Um governo mais verdadeiro e menos preocupado em construir versões midiáticas de gestão.
Vamos aproximar do povo mineiro o governo, valendo-nos da estrutura atual, sem criar novos cargos, sem aumentar a burocracia, dando poder aos escritórios regionais e abrindo espaço para conselhos de representantes da sociedade civil, dos empresários, trabalhadores e do meio acadêmico em cada região.
Com 11 universidades federais, duas estaduais e seis institutos federais de educação técnica, Minas tem um dos mais robustos centros de produção de conhecimento do país, um ativo que até agora não mereceu qualquer atenção do atual governo estadual. Nesses campi e nos institutos de pesquisa do Estado estão muitas das soluções para a retomada do desenvolvimento econômico e social do Estado.
Vamos criar canais de comunicação para que a população se manifeste. Quando fui prefeito de Belo Horizonte, tornamos digital o Orçamento Participativo. Além das assembleias, os mineiros podiam definir as prioridades para seu bairro ou seu distrito pela internet. Na ocasião, para compensar a dificuldade de acesso a computadores, a prefeitura instalou terminais em pontos de grande fluxo.
Hoje, com os smartphones nas mãos de praticamente todos os mineiros, o governo do Estado vai precisar apenas de um aplicativo para permitir a efetiva participação popular. Minas precisa de um governo que escute as pessoas, que regionalize suas ações e que trate com carinho a nossa gente. Minas, enfim, chegará ao século 21.
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