sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dilma tem aprovação de 71% dos brasileiros, diz CNI/Ibope



A popularidade da presidenta Dilma Rousseff continua em alta, assim como a avaliação positiva do seu governo. É o que revela a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira (30): 71% dos brasileiros avaliam como ótimo e bom o desempenho pessoal da presidente no comando do país e 51% consideram o governo Dilma ótimo e bom.

A pesquisa anterior da CNI/Ibope foi realizada em julho, e avaliou, portanto, os seis primeiros meses do governo da presidente. Na pesquisa, a atuação pessoal de Dilma foi aprovada por 67%. Já o governo teve aprovação de 48% dos brasileiros.

Na pesquisa divulgada hoje, para 34% dos entrevistados, a gestão de Dilma é regular contra 36% que opinaram em julho. Ruim ou péssimo foi a resposta de 11% dos brasileiros consultados, contra 12% em julho. Nesta pesquisa, 4% não souberam avaliar o desempenho da petista.

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em todo o Brasil entre os dias 16 e 20 de setembro. A margem de erro do é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Mariana Londres, do R7, em Brasília

R7.com 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A greve dos professores de Minas acaba mas a Luta continua

Foto:Taís Ferreira

Após 112 dias de greve e 197 horas de greve de fome (dos trabalhadores/as Marilda de Abreu Araújo e Abdon Geraldo Guimarães), chega ao fim uma greve histórica em Minas Gerais. A suspensão da greve foi possível a partir de um processo de negociação com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e com o governo, por meio do Secretário de Governo, Danilo de Castro. O Governo reconheceu, finalmente, que não paga o Piso Salarial Profissional Nacional na carreira. Foi assinado o Termo de Compromisso.

Os trabalhadores em educação, em greve desde 08 de junho, retornam às atividades escolares amanhã, 29 de setembro. A categoria conseguiu: o reconhecimento do Piso Salarial na carreira da educação, e não apenas para professor; a suspensão das demissões anunciadas pela Secretaria Estadual de Educação; a suspensão da tramitação do projeto de lei 2.355; a formação de uma comissão formada por representantes do Sind-UTE/MG, do Governo e da ALMG.

“O Piso Salarial na carreira significa aplicá-lo na tabela de vencimento básico considerando os percentuais existentes (22% entre os níveis e 3% entre os graus). O reposicionamento da categoria nesta tabela será objeto de definição da comissão e terá impacto financeiro entre 2012 e 2015”, explica a coordendora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueria.

Ela também informa que o processo para pagamento e a anistia dos dias paralisados serão feitos junto ao Legislativo Estadual. Vale dizer que a comissão inicia os trabalhos nesta quinta-feira, dia 29/09, em horário e local a serem definidos.


A direção do Sindicato orienta toda a categoria a aguardar a definição do calendário de reposição e do pagamento dos dias parados, assuntos que constam da pauta da reunião de amanhã.


Reunião no STF

Vale ressaltar que hoje, o Sind-UTE/MG tem reunião marcada a partir das 13 horas, em Brasília, com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia. A proposta é pedir a ela que reveja sua decisão, publicada nessa segunda-feira (26/9), na qual ela nega recurso do Sindicato que pedia a suspensão da decisão do desembargador Roney de Oliveira, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que determinava a suspensão do movimento. “É fundamental que a ministra repense sobre sua decisão, porque é importante garantir o direito de greve do trabalhador/a”, defende Beatriz Cerqueira.

O Comando de Greve se reúne no dia 08 de outubro para avaliar o movimento e o andamento dos trabalhos desta comissão.





Professores estaduais de Minas Gerais suspendem greve



A greve dos professores da rede estadual de Minas, que paralisaram suas funções há mais de três meses, pode ter fim na noite desta terça-feira. O governo apresentou novas propostas à categoria, que recebeu prazo de uma hora para discutí-las e definir se volta ou não ao trabalho. Desde a tarde os educadores estão em assembleia, realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

As primeiras informações são de que o governo propôs recuar na decisão de demitir os professores designados que se recusaram a voltar para as salas de aula após resolução publicada na última semana. Também teria sinalizado voltar atrás no corte de pontos dos grevistas, demissão de vice-diretores que aderiram à greve, e a suspensão do projeto de lei que tramita na ALMG para readequação do modelo de remuneração por subsídio.

Além disso, a principal proposta do governo seria criação de uma comissão, formado por representantes do Executivo, Legislativo e do Sindicado Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), para voltar a se discutir os dois modelos de remuneração.

A comissão proposta pelo governo será formada, segundo o sugerido, 24 horas após ser suspensa a greve. A condição prévia para que isso ocorra é a suspensão da greve ainda nesta terça-feira.

Fechamento histórico
Nesta terça-feira, as sessões plenárias na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foram suspensas após os professores ocuparem o plenário acorrentados. Por meio de nota, o presidente da Casa, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), lamentou o ocorrido e repudiou a invasão. "É importante registrar que, na história recente do Parlamento mineiro, nunca houve qualquer impedimento para a abertura dos trabalhos do Plenário. Somente em período de anormalidade política, em ditaduras, os plenários dos legislativos são fechados ou impedidos de funcionar", diz o texto.



Estado de Minas 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lula é ovacionado por estudantes ao receber diploma na França



Batucada na entrada, cenas de histeria na saída. Foi em um clima de ídolo juvenil que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta terça-feira, em Paris, o título de doutor honoris causa da Sciences Po, uma das instituições de ensino mais importantes da França. Lula ainda teve o discurso interrompido diversas vezes por aplausos e, ao final da cerimônia, teve direito a uma homenagem com carregado sotaque francês: em português e com a letra nas mãos, os alunos entoaram "vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", refrão da famosa música "Para dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré.

Esta foi a primeira vez que a Sciences Po entregou um doutorado honoris causa a um latino-americano e o segundo título do gênero recebido pelo ex-presidente por instituições internacionais - o primeiro foi da Universidade de Coimbra, em Portugal. Lula se alongou por 40 minutos para agradecer ao título, em um auditório lotado por 500 pessoas, entre estudantes, jornalistas e acadêmicos destacados da universidade, como o respeitado sociólogo Alain Touraine.

A sala era decorada por bandeiras do Brasil, erguidas pelos jovens que, ao encerramento do evento, gritavam o nome do ex-presidente, se empurravam para se aproximar dele, pediam autógrafos e até choravam ao conseguir uma foto ao lado de Lula. O petista não economizou beijos, abraços e poses junto aos estudantes quando tentava deixar a instituição.

"Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tem diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil", disse, em um discurso recheado não apenas de dados favoráveis ao seu governo, como de brincadeiras que fizeram o público rir em diversas ocasiões. "Eu perdi muito, gente. Se vocês um dia quiserem conversar com um cara que perdeu muito, me procurem. Mas também fui o cara que quando ganhou, soube tirar lições das derrotas para ajudar a mudar a história do meu país."

O ex-sindicalista comentou a atual crise econômica mundial, para a qual vê apenas uma iniciativa política conjunta como solução. "Eu via tanta gente sabida na Europa e nos Estados Unidos, que dava tanto conselho econômico, que quando começou a crise, eu falei: os especialistas lá vão resolver a crise em três dias. Qual não foi a minha surpresa quando eles se esconderam. Ninguém sabia mais nada: o Banco Mundial não sabia mais nada, o FMI não sabia mais nada, a Comissão Europeia também não."

Lula também arrancou aplausos da plateia ao descrever o percurso da atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante os anos da ditadura, e terminou de conquistar os últimos fãs franceses ao incitar os jovens a não desistirem da política - a Sciences Po forma a maioria dos governantes franceses. "Vocês ficam idealizando o político ideal. Pois olhem para vocês mesmos: esse político pode ser um de vocês."

O ex-presidente preferiu não conversar com a imprensa após o evento. Ele fica na capital francesa até amanhã, quando deve se encontrar com o primeiro-secretário do Partido Socialista, Harlem Désir. Os líderes do partido estão em plena campanha para as primárias internas, que vão designar o candidato para as eleições presidenciais francesas em 2012, contra o atual presidente, Nicolas Sarkozy. Na segunda-feira, Lula encontrou-se com Sarkozy no palácio do Eliseu, a sede da presidência francesa, a convite do governante.




LÚCIA MÜZELL


Direto de Paris

Portal Terra 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Movimento dos Milionários Rebeldes



Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar "contra tudo o que está aí". Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.
Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo  a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de 7 de setembro com muito sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.
A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.
Era a mesma turma chique do "Cansei", um "movimento cívico" criado em julho de 2007, para protestar contra o "caos aéreo", pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.
De outro líder do "Cansei", o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal "Valor":
"Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado".
O Piauí ainda existe, virou até nome de revista, vai bem, cresce e seu povo está melhorando de vida, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o  pernambucano Lula.
A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophir Cavalcante (quem?), o novo Álvaro Dias predileto da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.
O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. "O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo".
Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Boris Casoy advoga para a Veja




Por Altamiro Borges

Boris Casoy, âncora do “Jornal da Noite” da TV Bandeirantes, virou advogado de defesa da Veja. Na madrugada desta terça-feira (30), ele repercutiu as denúncias da publicação contra o ex-ministro José Dirceu. Ele destacou a “reporcagem” da revista contra o “poderoso chefão” e as acusações levianas de que o dirigente do PT conspira contra a presidenta Dilma.

Na maior caradura, Boris Casoy não falou absolutamente nada sobre a ação criminosa da famiglia Civita. Não disse que o repórter da Veja tentou invadir o apartamento do ex-ministro num hotel de Brasília; que foram usadas imagens ilegais de vídeos; que o tal jornalista fugiu do hotel sem pagar as diárias; que a camareira e o gerente do estabelecimento registraram queixa na polícia; e que o escândalo já está sendo investigado pela Polícia Federal. Nada, absolutamente nada!

O uso seletivo do biquinho

Se esta ação criminosa atingisse FHC – o ex-presidente que continua super-ativo na política, conspirando contra o governo Dilma –, com certeza Boris Casoy teria feito o maior escarcéu com o seu patético biquinho do “é uma vergonha”. Ele criticaria a invasão da privacidade e o uso de recursos ilegais, entrevistaria o gerente do hotel e o delegado da PF e atacaria a “ditadura petista”.

Mas Boris Casoy, que na juventude foi simpatizante de grupos de extrema-direita e que até hoje mantém suas posições elitistas – que o digam os garis humilhados por ele num vazamento de áudio –, é bastante seletivo no uso do seu biquinho. FHC pode fazer política, já o ex-ministro deveria ser preso e exilado como nos tempos da ditadura militar.

A máfia midiática

Mas vamos ser justos: a seletividade manipuladora não é um atributo apenas do apresentador da TV Bandeirantes. É uma marca do grosso dos monopólios da mídia “privada”. No geral, jornalões, revistonas e as emissoras de rádio e televisão abafaram a ação criminosa da Veja, que não ficam muito distante dos episódios mafiosos que abalaram o império de Rupert Murdoch na Inglaterra.

As sete famílias que controlam a mídia nativa brigam entre si por fatias do “mercado”, por audiência e pela bilionária publicidade. Mas na política, elas se unem e difundem um pensamento único – falam “una solo voz”, como se diz na Venezuela. Para proteger a Veja, desmascarada na sua ação criminosa, elas agem como as famílias mafiosas e usam seus “advogados” de forma conjunta.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo a Forbes

Reuters

A presidente Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, de acordo com ranking elaborado pela revista Forbes, divulgado nesta quarta-feira, 24. A chanceler alemã Angela Merkel está em primeiro na lista, seguida da secretário de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Em 2010, Dilma apareceu na 95ª posição.

A lista da revista norte-americana é dominada por políticas, empresárias e líderes dos setores de mídia e entretenimento. “Nossa lista reflete os caminhos diversos e dinâmicos em direção ao poder para as mulheres hoje, seja liderando uma nação ou definindo a pauta de questões críticas da nossa época”, disse Moira Forbes, presidente e editora da ForbesWoman, em nota.



Dilma Rousseff made news when she was elected to lead Latin America's largest economy in October, but in many ways the election result was not a surprise. As the first female Chief of Staff under reformist President Lula da Silva, appointed in 2005, she was widely expected to be his successor. It is her rise to that post that is remarkable. Involved in Latin America's radical labor politics, Rousseff was jailed for two years. In 2001, when she was appointed Minister of Energy, Rousseff began to alter her views towards a more a pragmatic and capitalist approach. Today she is battling a rebellious National Congress threatening to halt her agenda and Brazil's economic boom. Outside politics, Rousseff is an avid theater fan, particularly classical Greek drama and opera


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

“Estadão” crava a espada em Dilma



por Rodrigo Vianna


A foto está na página A-7, na edição impressa do Estadão. Dilma surge levemente arqueada, e a espada de um cadete parece trespassar o corpo da presidenta. Abaixo da foto, o título “Honras Militares” – e um texto anódino, sobre a participação de Dilma numa cerimônia militar. 
Faço a descrição minuciosa da foto porque a princípio só contava com uma reprodução de má qualidade (tive que fotografar a página do jornal com uma máquina amadora). Mas um amigo acaba de me mandar a imagem por email – e essa está um pouco mais nítida. Estranhamente, não encontro a foto no site do Estadão. Talvez apareça naquela versão digital para assinantes…
O editor deve ter achado genial mostrar a presidenta como se estivese sendo golpeada pelas costas. É a chamada metáfora de imagem. Mas, expliquem-me: qual a metáfora nesse caso? O que a foto tinha a ver com a solenidade de que fala o jornal? Há, no meio militar, quem queira golpear Dilma pelas costas? O jornal sabe e não vai dizer?
Ou, quem sabe, a turma do “Estadão” tenha achado graça em “brincar” com a imagem. No mínimo, um tremendo mau gosto com uma mulher que já passou por tortura na mão de militares, e hoje é a presidenta de todos os brasileiros.  
Sintomático que a foto não apareça ao lado da mesma notícia na edição digital. Alguém deve ter pensado melhor e concluído: não vai pegar bem. 
Por isso tudo, sou levado a pensar que Freud talvez explique a escolha da foto: a mão militar, na imagem, cumpre a função de eliminar a presidenta. E, com isso, talvez agrade a certa parcela dos leitores do jornal. Passeando pelo site do Estadão, é comum ver a presidenta chamada de “terrorista”. Exemplo, aqui:
20 de Agosto de 2011 | 20h52
A Dilminha tá fazendo certinho, adulando um pouco os milicos, ai eles se derretem todos e se dobram ficando de quatro para a ex-terrorista.



Volto eu. Para essa gente, terroristas não foram os que mataram, torturaram e impediram o país de viver em regime democrático. Não. Para eles, “terroristas” são os que lutaram contra a ditadura.   


foto da página A-7  cumpre o papel de agradar essa gente. 

sábado, 20 de agosto de 2011

UNE-Afro Brasil responde ao DEM

UNE-Afro Brasil responde ao DEM (ex ARENA, PDS, PFL)



Resposta do Movimento ao DEM – Partido Democratas


Resposta do Movimento ao DEM – Partido Democratas Vídeo produzido pela UNEafro-Brasil, com apoio do Instituto Luis Gama. Trata-se de uma reposta à propaganda eleitoral promovida pelo DEMOCRATAS e veiculada em rede nacional, nas duas primeiras semanas de Agosto/11. No referido vídeo, o DEM (ex ARENA, PDS, PFL) – partido historicamente comprometido com as elites mais conservadoras do país – se utiliza da imagem e da boa fé de um jovem negro morador da periferia de Salvador (BA) para tentar legitimar o ilegitimável.

Assista o Vídeo hipócrita do DEM: http://www.youtube.com/watch?v=qqpaBn19SEE

Para que todos/as nos escutem: O DEMOCRATAS e seus aliados NÃO NOS REPRESENTAM!

Ficha Técnica: Atriz (vida real) Maira Santos Cunha Produção: Militantes da UNEafro-Brasil

Visite nosso site www.uneafrobrasil.org

sábado, 6 de agosto de 2011

A falta de princípios da Rede Globo


Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A TV Globo também fez uma declaração de princípios, em 1989.

Foi na noite em que o Jornal Nacional transmitiu o resumo do debate eleitoral entre Fernando Collor e Lula, editado de tal forma a destacar as melhores falas de Collor e as piores de Lula.

Collor e Lula disputavam a presidência da República. Collor, com apoio da Globo, venceu a eleição.

Seguiu-se ao resumo do debate uma pesquisa do Vox Populi, então ligado a Collor, mostrando como Collor era “o melhor preparado”.

Então, Alexandre Garcia apareceu no vídeo para dizer:

“Nosso trabalho, como profissionais da televisão, foi e continuará sendo o que fez a televisão nesses dois debates. Manter aberto esse canal de duas mãos entre o eleito e os eleitores, para que melhor se exerça a democracia”.

Foi no mesmo ano em que a ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro, apareceu primeiro no Jornal Nacional e depois na propaganda de Collor dizendo que o ex-metalúrgico Lula tinha pedido a ela que abortasse e feito declarações racistas. Miriam recebeu dinheiro para fazer tais declarações.

Sobre os Princípios Editoriais das Organizações Globo


Foi publicada hoje (sábado 06 de agosto) uma Carta contendo os Princípios Editoriais das Organizações Globo que trás em seu bojo muita dissimulação, um tanto de ironia regada por muitos falsos princípios jornalísticos, mas evidencia uma grande e disfarçada preocupação com a Blogosfera Progressista.
Fica bem claro neste episódio que a militância na net tem assustado a outrora imbatível Organizações Globo.
Assim se pronuncia a Globo: "Na Era Digital todos os indivíduos podem usar a internet para se comunicar livremente e atingir uma audiência potencialmente ampla."
O documento ainda discorre sobre o que a Globo chama de "os atributos da informação de qualidade" e enumera a isenção, correção, agilidade, lealdade com a notícia sem sensacionalismo e independência apartidária e laica.
Pode parecer piada já que todos somos testemunhas da forma subliminar e muitas vezes ate direta com que a Globo favorece o PSDB ( por exemplo ).
O fato é que os Blogs Progressistas estão sendo respeitados ate pela velha mídia, que corre atrás do prejuízo causado pela falta de credibilidade deles e pela bela militância de esquerda, sempre alerta, sempre   em suas trincheiras de luta e coragem.
Vamos em frente, estamos vencendo a luta e precisamos mais do que nunca defender, denunciar, expor, relatar e escrever, fazendo justiça mesmo fora dos tribunais.

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com/

A Globo volta a ser vivandeira de quartel?



Nos anos 60, chamava-se assim aos políticos da UDN que andavam peregrinando pelos quartéis para incitar os militares ao golpe, que os udenistas contavam iria dar-lhes o poder que não obtinham no voto.
Temos agora, ao que tudo indica, as neovivandeiras, que buscam inventar uma inexistente crise militar.
É, ao menos, o que se depreende do post do jornalista Rodrigo Vianna, o Escrevinhador, que conhece bem os mecanismos de fabricação de notícias em nossas redações:
“Acabo de receber a informação, de uma fonte que trabalha na TV Globo: a ordem da direção da emissora é partir para cima de Celso Amorim, novo ministro da Defesa.
O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: “é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui”. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar “turbulência” no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha.”
(…)passada a lua-de-mel com Dilma, a ordem na Globo é partir pra cima. Eliane Cantanhêde também vai ajudar, com os comentários na “Globo News”. É o que me avisa a fonte. “Fique atento aos comentários dela; está ali para provar a tese de que Amorim gera instabilidade militar, e de que o governo Dilma não tem comando”.
Detalhe: eu não liguei para o colega jornalista. Foi ele quem me telefonou: “rapaz, eu não tenho blog para contar o que estou vendo aqui, está cada vez pior o clima na Globo.”

A Globo vai partir pra cima de Amorim: isso prova que Dilma escolheu bem!




por Rodrigo Vianna


Acabo de receber a informação, de uma fonte que trabalha na TV Globo: a ordem da direção da emissora é partir para cima de Celso Amorim, novo ministro da Defesa.

O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: “é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui”. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar “turbulência” no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha.

Trata-se do velho jornalismo praticado na gestão de Ali Kamel: as “reportagens” devem comprovar as teses que partem da direção.

Foi assim em 2005, quando Kamel queria provar que o “Mensalão” era “o maior escândalo da história republicana”. Quem, a exemplo do então comentarista Franklin Martins, dizia que o “mensalão” era algo a ser provado foi riscado do mapa. Franklin acabou demitido no início de 2006, pouco antes de a campanha eleitoral começar.

No episódio dos “aloprados” e do delegado Bruno, em 2006, foi a mesma coisa. Quem, a exemplo desse escrevinhador e de outros colegas na redação da Globo em São Paulo, ousou questionar (“ok, vamos cobrir a história dos aloprados, mas seria interessante mostrar ao público o outro lado – afinal, o que havia contra Serra no tal dossiê que os aloprados queriam comprar dos Vedoin?”) foi colocado na geladeira. Pior que isso: Ali Kamel e os amigos dele queriam que os jornalistas aderissem a um abaixo-assinado escrito pela direção da emissora, para “defender” a cobertura eleitoral feita pela Globo. Esse escrevinhador, Azenha e o editor Marco Aurélio (que hoje mantem o blog “Doladodelá”) recusamo-nos a assinar. O resultado: demissão.

Agora, passada a lua-de-mel com Dilma, a ordem na Globo é partir pra cima. Eliane Cantanhêde também vai ajudar, com os comentários na “Globo News”. É o que me avisa a fonte. “Fique atento aos comentários dela; está ali para provar a tese de que Amorim gera instabilidade militar, e de que o governo Dilma não tem comando”.

Detalhe: eu não liguei para o colega jornalista. Foi ele quem me telefonou: “rapaz, eu não tenho blog para contar o que estou vendo aqui, está cada vez pior o clima na Globo.”

A questão é: esses ataques vão dar certo? Creio que não. Dilma saiu-se muito bem nas trocas de ministros. A velha mídia está desesperada porque Dilma agora parece encaminhar seu governo para uma agenda mais próxima do lulismo (por mais que, pra isso, tenha tido que se livrar de nomes que Lula deixou pra ela – contradições da vida real).

Nada disso surpreende, na verdade.

O que surprendeu foi ver Dilma na tentativa de se aproximar dessa gente no primeiro semestre. Alguém vendeu à presidenta a idéia de que “era chegada a hora da distensão”. Faltou combinar com os russos.

A realidade, essa danada, com suas contradições, encarregou-se de livrar Dilma de Palocci, Jobim e de certa turma do PR. Acho que aos poucos a realidade também vai indicar à presidenta quem são os verdadeiros aliados. Os “pragmáticos” da esquerda enxergam nas demissões de ministros um “risco” para o governo. Risco de turbulência, risco de Dilma sofrer ataques cada vez mais violentos sem contar agora com as “pontes” (Palocci e Jobim eram parte dessas pontes) com a velha mídia (que comanda a oposição).

Vejo de outra forma. Turbulência e ataques não são risco. São parte da política.

Ao livrar-se de Jobim (que vai mudar para São Paulo, e deve ter o papel de alinhar parcela do PMDB com o demo-tucanismo) e nomear Celso Amorim, Dilma fez uma escolha. Será atacada por isso. Atacada por quem? Pela direita, que detesta Amorim.

Amorim foi a prova – bem-sucedida – de que a política subserviente de FHC estava errada. O Brasil, com Amorim, abandonou a ALCA, alinhou-se com o sul, e só cresceu no Mundo por causa disso.

Amorim é detestado pelos méritos dele. Ou seja: apanhar porque nomeou Amorim é ótimo!

Como disse um leitor no twitter: “Demóstenes, Álvaro Dias e Reinaldo Azevedo atacam o Celso Amorim; isso prova que Dilma acertou na escolha”.

Não se governa sem turbulência. Amorim é um diplomata. Dizer que ele não pode comandar a Defesa porque “diplomatas não sabem fazer a guerra” (como li num jornal hoje) é patético.

O Brasil precisa pensar sua estratégia de Defesa de forma cada vez mais independente. É isso que assusta a velha mídia – acostumada a ver o Brasil como sócio menor e bem-comportado dos EUA. Amorim não é nenhum incediário de esquerda. Mas é um nacionalista. É um homem que fala muitas línguas, conhece o mundo todo. Mas segue a ser profundamente brasileiro. E a gostar do Brasil.

O mundo será, nos próximos anos, cada vez mais turbulento. EUA caminham para crise profunda na economia. Europa também caminha para o colpaso. Para salvar suas economias, precisam inundar nosso crescente mercado consumidor com os produtos que não conseguem vender nos países deles. O Brasil precisa se defender disso. A defesa começa por medidas cambiais, por política industrial que proteja nosso mercado. Dilma já deu os primeiros passos nessa direção.

Mas o Brasil – com seus aliados do Cone Sul, Argentna à frente - não será respeitado só porque tem mercado consumidor forte, diversidade cultural e instituições democráticas. Precisamos, sim, reequipar nossas forças armadas. Precisamos fabricar aviões, armas. Precisamos terminar o projeto do submarino com propulsão nuclear.

Não se trata de “bravata” militarista. Trata-se do mundo real. A maioria absoluta dos militares brasileiros – que gostam do nosso país – não vai dar ouvidos para Elianes e Alis; vai dar apoio a Celso Amorim na Defesa, assim que perceber que ele é um nacionalista moderado, que pode ajudar a transformar o Brasil em gente grande, também na área de Defesa.

O resto é choro de anões que povoam o parlamento e as redações da velha mídia.



Escrevinhador